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29 de março de 2024 | 2:35
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Economia

Combustíveis estão mais caros em RP

Os combustíveis estão mais caros em Ribeirão Preto. Os dados são do mais recen­te levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 17 e 23 de janeiro. O litro da gasoli­na custa, em média, R$ 4,356, alta de 1,7% em relação aos R$ 4,284 cobrados até dia 16. O do etanol superou a casa dos R$ 3 e saltou para R$ 3,027.

O aumento chega a 1,5% na comparação com os R$ 2,981 do levantamento anterior. Considerando os valores mé­dios da agência, talvez não seja tão vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina está no limite (69,5%) – deixa de ser vantagem encher o tan­que com álcool quando a rela­ção chega a 70%.

Estava em 69,9% e 69,6% nas semanas anteriores (entre os dias 3 e 9 e 10 e 16 deste mês, respectivamente), mas chegou a 70% em dezembro. O consumi­dor deve analisar o desempenho de seu veículo antes de abastecer. Por causa dos avanços tecnoló­gicos e da melhor qualidade do etanol produzido no Brasil, es­pecialistas dizem que este índice pode ser de até 80%.

No estado de São Paulo, maior produtor nacional, a pa­ridade é de 70,21% – a compe­titividade estava em 70,49% na semana anterior. Em Ribeirão Preto, a gasolina aditivada sai por R$ 4,461, aumento de 1,6% em relação aos R$ 4,391 do pe­ríodo anterior. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 3,645, alta de 1,6% ante os R$ 3,586 do dia 16. O diesel S10 custa R$ 3,694, também 1,2% acima dos R$ 3,651 cobrados anteriormente.

Nos postos de Ribeirão Pre­to, o litro da gasolina custa, em média, entre R$ 4,30 (R$ 4,299) nos sem-bandeira e R$ 4,60 (R$ 4,599) nos bandeirados. A nova, com 5% a mais de octa­nagem, é vendida por até R$ 5,60 (R$ 5,599). O etanol custa entre R$ 3,06 (R$ 3,059) nos independentes e R$ 3,30 (R$ 3,299) nos franqueados.

O preço do álcool hidratado subiu pela quinta semana segui­da nas unidades produtoras do estado e já está acima de R$ 2,10 nas usinas paulistas.

Os dados foram divulgados na última sexta-feira (22), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultu­ra Luiz de Queiroz da Universi­dade de São Paulo (Esalq/USP).

O litro do produto saltou de R$ 2,0737 para R$ 2,1081, au­mento de 1,66%. Acumula ele­vação de 18,29% em pouco mais de quatro meses, segundo os da­dos semanais do Cepea. O preço do anidro – adicionado à gaso­lina em até 27% – interrompeu uma sequência de três quedas seguidas e voltou a fechar acima de R$ 2,40. Subiu de R$ 2,3945 para R$ 2,4302, alta de 1,49%. Em cerca de 130 dias, o aumento acumulado é de 16,06%.

No dia 15, a Central de Mo­nitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto – iniciativa que reúne 85 postos de combustíveis da cidade, o equivalente a 50% do mercado local – anunciou aumento no etanol e no diesel para os próximos dias. O motivo é o fim da isenção do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou a vigorar no mesmo dia no Estado de São Paulo.

Segundo o Núcleo Postos, o fim da isenção vai acarretar au­mento de 10% nos impostos do setor de combustíveis, especifi­camente para o etanol e o die­sel. O consumidor final já está pagando de 2% a 3% a mais nas bombas, segundo a Central de Monitoramento, e vai arcar com a tributação também. De acordo com Fernando Roca, membro do Núcleo Postos, o preço da ga­solina também deve subir.

Desde 19 de janeiro, o preço médio do litro da gasolina ven­dida pela Petrobras em suas re­finarias está 7,6% mais caro (R$ 0,15 por litro, em média). Subiu de R$ 1,84 para R$ 1,98. Foi o primeiro aumento do ano. O anterior havia sido em 29 de de­zembro, de 5% – o do óleo diesel subiu 4% à época.

Em 2020, o preço médio da gasolina nas produtoras atingiu mínimo de R$ 0,91 por litro. No acumulado do ano passado, houve redução de 4,1% no pre­ço do combustível. Segundo a estatal, em 2020 foram feitos 41 reajustes ma gasolina.

Foram 20 aumentos e 21 reduções no valor do litro. Para o óleo diesel, o preço para as distribuidoras aumen­tou R$ 0,08 no final de dezem­bro, chegando a R$ 2,02 por litro. O combustível acumu­lou queda de 13,2 % no ano passado, em um total de 32 reajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor.

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