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29 de março de 2024 | 8:29
Jornal Tribuna Ribeirão
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Pandemia – Comércio ficará fechado até dia 14

A explosão de casos de coro­navírus e a evolução de mortes por covid-19 levaram o governo do Estado a manter suspensas as atividades comerciais e de pres­tação de serviços não essenciais em Ribeirão Preto e nas demais 25 cidades da área de atuação do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS XIII).

Apesar da alta taxa de ocu­pação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Ribeirão Preto, que nesta sex­ta-feira, 26 de junho, chegou a 97%, com apenas cinco deso­cupados entre 167 disponíveis, o Plano São Paulo cita que a esta situação não preocupa e está na faixa verde de flexibi­lização – o avanço de casos e óbitos está na vermelha.

Na análise feita pelo Comitê de Contingenciamento da Co­vid-19 para o Plano São Paulo, houve piora nos últimos 15 dias no número de casos nos 25 mu­nicípios do DRS XIII, o que foi decisivo para a manutenção na fase vermelha. Conforme a ava­liação, o ideal é manter índices abaixo de 0,90, sendo que a re­gião atingiu 2,5.

A capacidade hospitalar fi­cou na faixa verde. Segundo da­dos do Plano São Paulo, na quin­ta-feira (25) a ocupação de leitos de UTI era de 78%, com taxa de 13,4 para cada 100 mil habitan­tes (faixa verde). Já a variação de óbitos foi de 1,45. A nova avalia­ção deve ser anunciada em 14 de julho, quando Ribeirão Preto e região saberão de vão mudar ou não de faixa.

Coletiva de imprensa no Palácio Rio Branco: prefeito criticou a parcela da população que não segue as medidas de prevenção do coronavirus

Durante entrevista no Palá­cio Rio Branco, no final da tar­de desta sexta-feira, o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) culpou uma parcela da popula­ção pela situação da região. Para ele, esse público precisa se cons­cientizar sobre a importância de adesão às medidas de prevenção do coronavírus, como o distan­ciamento social, a higienização – principalmente das mãos –, o uso de máscaras e de álcool gel.

O prefeito afirmou, em tom de indignação, que o au­mento de casos na região é re­sultado da falta de responsabi­lidade de muitas pessoas que não se importam com a pro­pagação da doença. “Muitos de nós não estão dando bola para a doença. E esses que não estão dando bola estão colo­cando 1,5 milhão de pessoas em perigo”, afirmou.

Nogueira se referia ao to­tal de habitantes dos 26 muni­cípios que compõem área do DRS XIII, formado por Ribeirão Preto, Altinópolis, Barrinha, Ba­tatais, Brodowski, Cajuru, Cás­sia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luis Antônio, Monte Alto, Pitanguei­ras, Pontal, Pradópolis, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.

De acordo com Nogueira sem essa conscientização a re­gião não sairá da fase vermelha de flexibilização, onde só fun­cionam as atividades essenciais. Ele afirmou ainda que a reto­mada das atividades depende de cada cidadão, da conscien­tização individual. “Depois não adianta reclamar com o padre, com o Papa, com o governador, o prefeito ou o secretário de saúde”, afirmou.

Porém, o prefeito descar­tou a possibilidade de decretar lockdown, mesmo com a taxa de ocupação de leitos de UTI estar perto de 100%. Duarte Nogueira foi incisivo e afirmou que não existe esta possibilida­de no momento. O lockdown é quando o governo decreta o confinamento e o isolamento total entre as pessoas.

O Plano São Paulo tem cinco faixas, diferenciadas por cores. Na vermelha, apenas os serviços essenciais podem atender, com restrições. Na laranja, é permiti­da a abertura do comércio, sho­ppings, concessionárias, imo­biliárias e escritórios, também com regras rígidas.

Na fase amarela, além desses setores, também pode reabrir o setor de estética, como salões de cabeleireiro, barbeiro, esteticis­ta, manicure, pedicure, depila­dor e maquiador, além de bares e restaurantes com atendimento presencial restrito. Na verde en­tram as academias.

Por fim, a azul, além de permitir o funcionamento de todos esses estabelecimentos, também autoriza a reabertura de teatros, cinemas, casas no­turnas, de shows e outros espe­táculos, espaços públicos como parques e praças e eventos com aglomeração de pessoas.

Quarentena
A sexta fase de quarentena em Ribeirão Preto e nas de­mais 25 cidades da região co­meça nesta segunda-feira, 29 de junho, e vai até 14 de julho – terça-feira, quando o gover­no deve anunciar quais as fai­xas de cada região.

Nas próximas duas sema­nas, os municípios terão de apresentar dados satisfatórios para convencer o governo do Estado a tirar a área da DRS XIII da zona vermelha do Pla­no São Paulo. A continuidade da restrição foi anunciada nesta sexta-feira (26) pelo governa­dor João Doria (PSDB).

Entre 1º e 14 de junho, Ri­beirão Preto estava na zona laranja do Plano São Paulo. Co­mércio de rua e concessionárias de veículos passaram a abrir de segunda a sexta-feira, das dez às 16 horas, e aos sábados, das dez às 14 horas. Já os shopping centers tinham permissão para atender de segunda a sábado, das 16 às 20 horas.

Já o expediente em imobili­árias e escritórios de advocacia, arquitetura, engenharia e de contabilidade, entre outros, foi permitido de segunda à sexta, das nove às 13 horas. O atendi­mento diário do limitado a até 20% da capacidade máxima do estabelecimento – o mesmo per­centual valia para os estaciona­mentos dos centros de compras.

Porém, o aumento do nú­mero de mortes por covid-19, o avanço dos casos do novo coro­navírus e a alta taxa de ocupação de leitos de UTI levaram o go­verno do Estado a restringir as atividades comerciais e de pres­tação de serviços em Ribeirão Preto e nas demais 25 cidades da área de atuação do DRS XIII a partir do dia 15.

Com a decisão do governo João Doria, segue suspenso o atendimento presencial nas lo­jas do comércio central e nos shopping centers da cidade. Estão mantidos os serviços de “delivery” e “drive thru”, tanto no comércio de rua, quanto nos shoppings.

Concessionárias de veícu­los, imobiliárias e escritórios de arquitetura, engenharia, ad­vocacia e contabilidade, entre outros, também não poderão mais atender até o fim da qua­rentena. Apenas os serviços es­senciais poderão atender pre­sencialmente.

Entre eles estão os super­mercados, padarias, açougues, bares, lanchonetes e restauran­tes (desde que não haja consu­mo no local), farmácias, droga­rias, bancos (seguindo as regras de distanciamento e higieniza­ção), postos de combustíveis, serviços de limpeza, segurança, transporte (ônibus, táxis e apli­cativos) e abastecimento.

“Drive thru”
O Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL­-RP) informam que o “drive thru” atende na Esplanada do Theatro Pedro II, de segunda a sexta-feira, das dez às 18 horas, e, aos sábados, das nove às 13 horas. O serviço é gratuito para lojistas e consumidores.

Prefeito vai pedir a reabertura de salões
Nogueira também afirmou que neste sábado haverá uma reunião com o Comitê de Contingenciamento Estadual do Coronavíurs em que Ribeirão Preto pedirá para que quando a cidade passar para a fase la­ranja, os serviços de estética como cabelereiros, pedicures e barbeiros também possam funcionar. Ribeirão Preto também solicitará que nesta fase o horário de funcionamento do comércio seja ampliado de quatro para cinco hora.

O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) também afirmou, durante a coletiva desta sexta-feira (26), que neste sábado, 27 de junho, participa­rá de reunião por videoconferência do Comitê de Contingenciamento da Covid-19. O tucano vai reforçar o pedido feito durante evento online do Conselho Municipalista, grupo que reúne representantes das cidades-se­de de 15 regiões administrativas de São Paulo.

Movimento no calçadão de Ribeirão Preto: comércio vai continuar fechado e o prefeito diz que a população tem grande parcela de culpa

Duarte Nogueira vai defender reabertura de atividades consideradas não essenciais em Ribeirão Preto quando a cidade avançar de fase, mes­mo que seja da faixa vermelha para a laranja. O tucano quer incluir na lista salões de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador, atividades previstas na zona amarela do Plano São Paulo. Na semana passada, a Câmara de Vereadores local incluiu esses serviços no rol de atividades essenciais durante a pandemia do coronavírus.

O tucano também vai pedir a extensão em uma hora do período de atendimento das atividades comerciais e de prestação de serviços pre­vistas da faixa laranja do Plano São Paulo – comércio em geral (central e dos bairros) e dos shopping centers, concessionárias de veículos, imobi­liárias e escritórios de arquitetura, engenharia, advocacia e contabilida­de, entre outros. Segundo o prefeito, esta uma hora a mais poderia evitar a concentração de pessoas nos estabelecimentos e em áreas públicas. “Assim evitaríamos a concentração de pessoas nas ruas”, diz.

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