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29 de março de 2024 | 8:46
Jornal Tribuna Ribeirão
Foto: Felipe Szpak/Corinthians
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Corintianos cobram Vitor Pereira por indiferença e ele diz que ‘se expressou mal’

Resgatar a paz com os co­rintianos é a grande missão de Vitor Pereira após “usar” seu saldo bancário para justificar que não tem medo de demis­são no clube. Torcidas orga­nizadas se revoltaram contra o português, não pouparam críticas pela atitude tratada como “indiferença ao Corin­thians” e ele acabou usando um jornal do seu país para admitir que “se expressou mal por estar da cabeça quente após uma derrota injusta.”

Ainda no domingo, a Es­topim da Fiel soltou uma nota pedindo mais respeito do por­tuguês ao Corinthians. Nesta se­gunda-feira foi a vez da Gaviões da Fiel reclamar da postura do treinador.

“Sabe quanto dinheiro eu te­nho no banco, amigo? Eu tenho a vida estabilizada, eu estou no Co­rinthians e se não estou aqui estou em outro clube qualquer e quando eu quiser”, respondeu o treinador após ser questionado se temia ser demitido após o 1 a 0 para o Pal­meiras. A fala repercutiu mal e as cobranças foram grandes.

“Erros técnicos e táticos fazem parte da dinâmica do futebol, mas esse tipo de dis­curso é inadmissível, princi­palmente no time do povo. Entendemos que ele foi infeliz em sua fala, pois ela reflete o pensamento dos ricos e pode­rosos com relação às massas operárias: indiferença. Deve­ria ter o mínimo de empatia por cada torcedor (a) do Co­rinthians que muitas vezes tira do seu próprio sustento para comprar ingresso”, disparou a Gaviões em nota oficial. “A conta bancária da fiel torcida é bem magra, Vitor Pereira.”

Em entrevista para o jornal A Bola, de Portugal, o treinador fez um mea-culpa. “Não me ex­pressei da melhor forma, reagi de cabeça quente, enervado, sem paciência, depois de uma derrota que para mim foi injusta. O que eu quis dizer, e provavelmente não me expressei da melhor for­ma, é que não vim para o Corin­thians por dinheiro porque, gra­ças a Deus, ao trabalho e à sorte, fui construindo a minha carreira sem me motivar por dinheiro”, explicou Vitor Pereira.

E tentou abafar as cobranças. “Vim por paixão e estou de corpo e alma no Corinthians, percebendo claramente o sentido de vida destes corintianos, desta gente do povo, que trabalha, que sofre e que, mui­tas vezes, para ir ao estádio gasta o dinheiro que não tem.”

O Corinthians recebe o Atlé­tico-GO na quarta-feira preci­sando reverter um 2 a 0 contra para ir à semifinal da Copa do Brasil. A torcida corintiana cobra o treinador e pressiona os jogado­res como se fosse a última chance de reverterem a crise. “Quanto aos jogadores, espera-se que es­ses, com a conta bancária bem cheia, honrem a camisa do Co­rinthians. Quarta-feira é a última chance de justificarem porque estão no Corinthians ganhando salários tão altos.”

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