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19 de abril de 2024 | 4:21
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Correios movem ação de dissídio

Um dia após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinar que sindicatos filia­dos à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) garantam ao menos 80% dos trabalhadores em ativi­dade durante a greve decretada na semana passada, os Correios informaram nesta quarta-feira, 27 de setembro, que ingressarão com ação de dissídio coletivo pro­posta à Justiça do Trabalho para solucionar questões não resolvi­das em negociação direta.

De acordo com a Empresa Brasileira de Correios e Telégra­fos (ECT), a medida foi tomada após os trabalhadores ligados aos sindicatos ligados à Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) anuncia­rem adesão à paralisação na noite de terça-feira (26) – em Ribeirão Preto e região o movimento pa­redista começou em 21 de setem­broe entra hoje em seu oitavo dia.

Na última segunda-feira (25), a greve ganhou força na região com a adesão de funcionários de Guaíra, Taquaritinga, Mon­te Azul e Dobrada, entre outras. Em Ribeirão Preto, o movimen­to atinge parcialmente as quatro agências oficiais. A adesão chega a 50% e emperra a entrega de correspondências. Em Franca o apoio é de 70% da categoria e em Araraquara, de 80%.

Segundo o Sindicato dos Tra­balhadores dos Correios na Re­gião de Ribeirão Preto (Sintect), a greve atinge 92 municípios do nordeste paulista, o que corres­ponde a dois mil funcionários, mas não há um balanço oficial de quantos deles estão aderindo à greve nacional. A categoria ficará parada por tempo indeterminado

Os Correios têm cerca de 600 funcionários em Ribeirão Preto – 450 deles na área operacional (são cerca de 260 carteiros e operado­res do centro de distribuição). A categoria tenta negociar um rea­juste salarial de 8% e a manuten­ção de benefícios, como o plano e saúde, vale-cultura, vale-alimen­tação, licença por afastamento custeada pela empresa em caso de negativa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), horas­-extras e férias.

Esta é a segunda greve da ca­tegoria neste ano. Entre o final de abril e o começo de maio, a ade­são também chegou a 50%. Em nota divulgada nesta quarta-feira pela ECT, 90.607 empregados em todo o país estão trabalhando, o que corresponde a 83,45% do total. Mesmo assim, a empresa manteve em prática as ações do Plano de Continuidade de Negó­cios, que prevê o deslocamento de trabalhadores entre as unidades e a realização de horas extras. As medidas, segundo os Correios, visam reduzir os impactos da gre­ve para a população.

Por conta da paralisação, ser­viços com hora marcada como o Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje, Disque Coleta e Logística Rever­sa Domiciliária estão suspensos. Segundo os Correios, a greve não afetou a rede de atendimento em todo o país: as unidades estão funcionando e serviços como o Sedex e o PAC continuam dispo­níveis para os consumidores.

Em Ribeirão Preto, o sindi­cato já chegou a fechar as entra­das do Centro de Tratamento de Carga e Encomenda (CTCE) da empresa, no Parque Residencial Lagoinha. O local recebe todos os dias encomendas de diferen­tes partes do Brasil para entrega em municípios importantes da região. Os Correios propõem reajuste de 3% nos salários e benefícios a partir de janeiro de 2018 e manutenção das demais cláusulas do acordo coletivo de trabalho 2016/2017.

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