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28 de março de 2024 | 12:59
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Política

Cunha voltará para cadeia da Lava Jato em Curitiba

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), condenado a 15 anos e 4 meses na Lava Jato, voltará do Complexo Penitenciário da Papuda, em Bra­sília, para a cadeia da Lava Jato em Curitiba, onde cumpre sua pena, entre os dias 20 e 24 de novem­bro, por ordem do juiz federal da 10.ª Vara, Vallisney de Oliveira.

O peemedebista estava en­carcerado na capital federal desde 15 de setembro, quando foi transferido para prestar de­poimento no âmbito da Ope­ração Sépsis, na qual é réu por supostos desvios na Caixa Eco­nômica Federal.

Desde que chegou a Brasília, Cunha impetrou diversos recur­sos para permanecer definitiva­mente na Papuda. No entanto, os pedidos foram negados tanto pelo juiz federal Sérgio Moro quanto por Vallisney.

Inicialmente, o peemedebis­ta ficaria por apenas 9 dias em Brasília, mas o magistrado da 10.ª Vara acolheu recurso de sua defesa para que ele permaneces­se preso no Distrito Federal até que os termos de colaboração do doleiro Lúcio Funaro, réu ao lado do ex-parlamentar, fossem compartilhados pelo Supremo Tribunal Federal. A demora para a chegada do material à Justiça Federal de Brasília gerou sucessivos adiamentos da volta de Cunha a Curitiba.

Finalmente, nesta segunda­-feira, 6, Cunha prestou de­poimento. Ele negou ao juízo irregularidades na Caixa Eco­nômica, e partiu para o ataque contra seus delatores. O peeme­debista negou ter recebido di­nheiro de Joesley para a suposta compra de seu silêncio e ainda afirmou que o doleiro Lúcio Funaro “nunca teve acesso” ao presidente Michel Temer. “Esses três que ele cita, ele nunca teve. Na minha frente ele nunca cum­primentou o Michel Temer”.

Uma semana antes, o peeme­debista ficou frente a frente com seu delator, em depoimento pres­tado por Funaro à 10ª Vara. Por videoconferência, também assis­tiu ao depoimento de outro cola­borador, o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto. As declarações ainda foram acompanhadas por outro ex-presidente da Câmara peemedebista, Henrique Eduar­do Alves (PMDB-RN).

Em audiência nesta segun­da-feira, o juiz Vallisney deferiu a juntada da delação de Funaro aos autos do processo contra Cunha e deu 12 dias para a Pro­curadoria e as defesas apresenta­rem suas alegações finais.

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