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29 de março de 2024 | 8:38
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Daerp tem 32 casos por dia

Moradores e motoristas que passam pela rua Caetano Man­cuso, entre as avenidas Braz Olaia Costa e Benedito Rodrigues Pi­nheiro, no Jardim Califórnia, na Zona Sul de Ribeirão Preto, recla­mam de buracos. Eles dizem que há três ou quatro meses a Secre­taria Municipal de Infraestrutura promoveu a operação tapa-bura­co em dois quarteirões, e o trecho citado não foi contemplado. Por meio de nota, o Departamento de Serviços e Manutenção de Pró­prios Públicos informou que en­viará equipe ao local para verificar a situação da via pública e adotar as providências.

Neste ano, três pessoas mor­reram em Ribeirão Preto por causa de acidentes de trânsito causados por buracos. Em julho, uma mulher de 52 anos morreu no Parque Ribeirão Preto, na Zona Oeste. Em fevereiro, um motoboy de 25 anos foi a óbito após cair com o veículo em um buraco na avenida Bandeirantes, também na Zona Oeste. Em ju­nho, um entregador de pizzas de 30 anos morreu ao cair de moto em uma cratera no cruzamento das ruas Prudente de Morais e Marechal Deodoro, no Centro.

Segundo a Prefeitura de Ri­beirão Preto, por intermédio da Secretaria Municipal de Infraes­trutura, em 180 dias da adminis­tração Duarte Nogueira Júnior (PSDB) foram recuperados 48,3 quilômetros da malha viária do município. São diversas avenidas e ruas da cidade que agora contam com asfalto novo. “Nossa meta é recuperar 50% da cidade em qua­tro anos”, diz o tucano. A meta é fazer a recuperação asfáltica de 150 quilômetros este ano e de 200 quilômetros a partir de 2018.

Ribeirão Preto possui cerca de 1,5 mil quilômetros de malha viária pavimentada. O secretá­rio municipal de Infraestrutura, Pedro Luiz Pegoraro, disse que a pasta trabalhou nos primeiros seis meses para melhorar o máximo de vias e colocou como meta a recuperação de 150 quilômetros de vias por ano para, em dez anos, recuperar toda a malha viária pa­vimentada da cidade.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas tapa, em média, 5.500 buracos por mês – cerca de 183 por dia, foram tapados 36 mil neste ano. Nos pri­meiros seis meses, 25 quilômetros de vias já receberam as obras de recapeamento, que atendeu a 51 trechos de vias públicas. Até o final de 2017, a meta é a recuperação de 160 trechos de vias, com mais de R$ 27 milhões investidos, supe­rando R$ 50 milhões.

Alguns bairros de Ribeirão Preto estão sofrendo com a fal­ta de água. O Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) registrou, somente nos primeiros 18 dias de setembro, 588 problemas de abastecimento em cinco dos 38 setores da cida­de. A média diária passa de 32 casos. Os bairros mais atingidos são Alto da Boa Vista (102 ocor­rências, setor 1), Campos Elíseos (72, setor 2), Parque Bandeiran­tes (58, setor 7) e Jardim Paulo Gomes Romeu (52, setor 4).

Além de problemas técnicos e estruturais, a estiagem e o calor intenso estimulam o consumo e sobrecarregam o sistema do Da­erp, que hoje capta o recurso do Aquífero Guarani por meio de 114 poços artesianos. Na rua José de Paiva Roxo, esquina com Niterói, no Parque Industrial Lagoinha, moradores reclamam que estão sem água há mais de uma se­mana. Nesta quarta-feira, 20 de setembro, técnicos da autarquia vão trabalhar no conserto de um registro na saída do poço Lagoi­nha III, na rua Edson Souto.

Além do próprio bairro da Lagoinha, poderá haver desa­bastecimento no Jardim Castelo Branco, Jardim Anhanguera, Jar­dim Lacerda, Vista Alegre e Jar­dim Palmares. A previsão é que os trabalhos sejam realizados entre às oito e 18 horas. A média de consu­mo per capta recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de 110 litros de água por dia por pessoa. A média nacio­nal é de 167 litros, enquanto em Ribeirão Preto está em 366 litros diários de água por habitante – o número já desconta as perdas físi­cas do sistema. A média municipal é 232,7% superior à mundial e está 119,1% acima da brasileira.

Em 2016, as perdas reais do sistema foram de 42,10% da pro­dução. Nos oito primeiros meses deste ano, o desperdício está em cerca de 39,38%. O Daerp já foi cobrado pelo Grupo de Atua­ção Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) para reduzir as perdas para 20%, mas a meta apresentada ao Ministério Públi­co Estadual (MPE) é de redução para 32% até 2021.

O Daerp informa que vem desenvolvendo diversas ações no sentido de melhorar o abasteci­mento, principalmente nestas regiões onde ocorreram maiores incidências de falta d’água. No Jardim Paulista, Paulistano, Par­que Bandeirantes e Castelo Bran­co, vem sendo feito um trabalho de setorização dos sistemas e o aumento na oferta de água pelos poços que abastecem a região. Também está sendo construída uma nova rede, na rua Iguape que melhorar o abastecimento nesta região, além de um acom­panhamento do setor de enge­nharia para localizar vazamentos ocultos e outros problemas que possam estar interferindo no abastecimento da região.

No Jardim Paiva e Paulo Go­mes Romeu, foi construída uma nova rede na parte alta do bairro para melhorar o abastecimen­to, a nova rede foi concluída há duas semanas, o que fez com que caísse o número de reclamações. Entretanto, ainda existem al­gumas ruas do bairro que estão com problemas e os técnicos do Daerp iniciaram um trabalho de verificação nestas redes para en­contrar o que possa estar geran­do problemas no abastecimento.

Na região do Alto da Boa Vista, os técnicos do Daerp estão trabalhando há duas semanas no levantamento de todo o sistema, verificando poços, reservatórios e toda a rede para verificar pro­blemas de registros, vazamentos ocultos e outros problemas que possam interferir no abastecimen­to. Na sexta feira foi localizado e consertado um vazamento em uma adutora que leva água do Jar­dim América para o Alto da Boa Vista e Sumaré. Está sendo feito trabalho de geofonagem no perí­odo noturno para tentar localizar mais vazamentos e perdas na rede.

Na região dos Campos Elí­seos, parte das reclamações es­tão relacionadas a problemas pontuais como troca de painéis em bombas e manutenção, que acabam gerando paralisação do sistema. A estação elevatória do Matadouro, que é responsável por alimentar parte dos Campos Elíseos e Ipiranga, está sendo totalmente reformada para au­mentar a sua eficiência na dis­tribuição de água nestas regiões.

Setores de RP com problemas
Setor 1
Alto da Boa Vista: 102 casos
Centro: 30 casos
Vila Seixas: 25 casos
Jardim Sumaré: 20 casos
Setor 2
Campos Elíseos: 72 casos
Setor 3
Parque Ribeirão: 25 casos
Setor 4
Jardim Paiva: 46 casos
Jardim Paulo Gomes Romeu: 52 casos
Cidade Universitária: 24 casos
Setor 7
Jardim Paulista: 40 casos
Parque Bandeirantes: 58 casos
Jardim Castelo Branco: 46 casos
Jardim Paulistano: 48 casos
Total: 588 casos
* Ocorrências registradas entre 1º e 18 de setembro.
Fonte: Daerp

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