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19 de abril de 2024 | 20:02
Jornal Tribuna Ribeirão
MARCELLO CASAL JR./AG.BR.
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Economia

Desemprego Pedidos de seguro aumentam 22,1%

O número de pedidos de seguro-desemprego aumen­tou 22,1% em abril na com­paração com igual mês de 2019, com 748.484 solicita­ções feitas pelos trabalhado­res, informa a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Em abril do ano passado, foram 612.909 pe­didos. O aumento de 135.575 requerimentos em termos absolutos vem na esteira da crise provocada pela pande­mia do novo coronavírus.

Mesmo com a suspensão dos atendimentos presen­ciais nas unidades do Sis­tema Nacional de Emprego (Sine), muita gente que per­deu o emprego requisitou o benefício pela internet. Em Ribeirão Preto, 5.757 de­sempregados entraram com pedido do seguro nos dois meses de pandemia, alta de 3,3% e 184 solicitações a mais em comparação com as 5.573 do segundo bimestre do ano passado. Somente em abril foram 3.279 requerimentos.

Em relação a março, quan­do foram protocolados 2.478 pedidos, a alta no mês passado foi de 32,3%, com 801 requi­sições a mais. Na comparação com os 2.779 de abril de 2019, o aumento chega a 18% ou 500 solicitações a mais em 2020. Ao todo, 87% dos benefícios foram pedidos pela internet no mês passado, contra apenas 1,7% em abril de 2019.

Apesar do crescimento, os pedidos de seguro-desempre­go continuam relativamente estáveis no acumulado do ano, tendo somado 2.337.081 de janeiro a abril. O total re­presenta aumento de 1,3% em relação ao acumulado no mesmo período do ano pas­sado, 2.306.115. A própria secretaria, no entanto, estima que os dados para o ano po­dem estar subestimados em até 250 mil pedidos.

Isso porque diversos tra­balhadores sem acesso à in­ternet não estão conseguindo pedir o benefício nas unida­des do Sine, que estão com o atendimento presencial sus­penso por causa da pandemia de covid-19. A estimativa foi elaborada com base na média dos pedidos de seguro-de­semprego por meio do aten­dimento presencial.

Segundo o Ministério da Economia, a pasta está divul­gando as projeções de pedi­dos que deixaram de ser re­alizados para dar um quadro mais honesto do impacto da pandemia sobre o mercado de trabalho. Nos quatro pri­meiros meses do ano, 39,3% dos requerimentos de seguro­-desemprego (918.688) foram pedidos pela internet, pelo portal gov.br e pelo aplicativo da carteira de trabalho digital; 60,7% dos benefícios foram pedidos presencialmente.

No mesmo período do ano passado, 98,2% dos re­querimentos (2.270.285) ti­nham sido pedidos nos pos­tos do Sine e apenas 1,6% (35.830) tinha sido solicitado pela internet. Embora os re­querimentos possam ser fei­tos de forma 100% digital e sem espera para a concessão do benefício, o Ministério da Economia informou que os dados indicam que mui­tos trabalhadores continuam aguardando a reabertura dos postos do Sine, administra­dos pelos estados e pelos mu­nicípios, para darem entrada nos pedidos.

O empregado demitido ou que pediu demissão tem até 120 dias depois da baixa na carteira de trabalho para dar entrada no seguro-de­semprego. Em relação ao perfil dos requerentes do se­guro-desemprego em abril de 2020, a maioria é masculina (57,1%). A faixa etária com maior número de solicitan­tes está entre 30 e 39 anos (33,1%) e, quanto à escolari­dade, 62,4% têm ensino mé­dio completo.

Em relação aos setores econômicos, serviços repre­sentou 41,6% dos requeri­mentos, seguido por comér­cio (27,7%), indústria (19,9%) e agropecuária (3,7%). Os estados com o maior nú­mero de pedidos foram São Paulo (217.247), Minas Ge­rais (85.990) e Rio de Janei­ro (58.945) e os que tiveram maior proporção de requeri­mentos via web foram Ama­zonas (98,9%), Acre (98,5%) e Rio de Janeiro (97,8%).

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