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28 de março de 2024 | 19:57
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Desfiles de Paris exibem ironia fina

Por Maria Rita Alonso
Foi um tanto tumultuada essa temporada de moda, que começou com os desfiles de Nova York, em setembro, passou por Londres, Milão e acabou em Paris.

Em meio às discussões da Cúpula de Ação Climática e protestos contra o aquecimento global, as passarelas francesas acabaram espelhando o espírito histriônico de agora, sem perder a ironia fina e o olhar sofisticado de sempre.

Ninguém contava, no entanto, com a surpresinha debochada no final do desfile da Chanel, no último dia do evento, quando a comediante francesa Marie S’Infiltre invadiu a passarela, caminhando ao lado das modelos e fazendo caras e trejeitos engraçados para a plateia que registrava tudo com os celulares (Marie já ganhou mais de 50 mil seguidores em sua conta no Instagram depois da performance). Enfim, uma daquelas cenas que ficam para a história.

Em termos de tendências, as ruas continuam apontando caminhos e definindo hits. Imediatista, o street style incorpora as novidades exibidas nas apresentações das grifes em um minuto, além de lançar outras propostas interessantes. Mas, verdade seja dita, ainda é nos grandes desfiles que as peças-chave se confirmam, as ideias de styling mais incríveis aparecem, os arquétipos femininos ganham novas roupagens e as referências culturais são criativamente resgatadas como forma de expressão pessoal.

Nas coleções apresentadas, destaque para novas formas de usar as peças clássicas de sempre. O terninho de alfaiataria ganhou versão mais cool com a bermuda no lugar da calça, o trench coat surgiu desconstruído, com pontas soltas e assimétricas, enquanto o jeans apareceu em novas modelagens (a reta e básica é a mais legal de todas) e em lavagens diversas, algumas delas bem manchadas.

As peças luxuosas da vez ganharam representações a partir de elementos barrocos, maximalistas, brilhantes, bordados e divertidos – democratizando estéticas aristocráticas de outros tempos. O decorativismo de hoje é usado como sinal de empoderamento e resposta a qualquer tipo de discriminação (racial, corporal ou ligada à sexualidade).

A Louis Vuitton, por sinal, apresentou a artista trans Sophie Xeon em uma videoperformance como pano de fundo. Outros cenários espetaculares deram ares de megaprodução a desfiles memoráveis, como o da Dior e de Stella McCartney, que levantaram bandeiras da consciência ambiental. / COLABORARAM LAYS TAVARES E MARIA CAROLINA GIMENEZ

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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