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19 de abril de 2024 | 4:52
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Dia de São Jorge!

O mito de São Jorge, o santo guerreiro da Capadócia, extremamente popular no Brasil, rodou o mundo até chegar até nós. Inúmeras foram as manifestações de devoção às virtudes do Santo, a partir do século seguinte à sua morte, o V da Era Cristã, quando já havia várias igrejas e conventos a ele dedicados.

A canonização ocorreu no ano de 494 e, em virtude de não haver fatos inquestionáveis que atestassem existência e os feitos de São Jorge, o Papa Gelásio I justificou o processo declarando-o entre aqueles “cujos nomes são reverenciados pelos homens com justiça, mas cujos atos são conhecidos apenas de Deus”. Uma espécie de eufemismo para dizer que a fé popular no Santo era tão intensa, que a falta de comprovação histórica para sua existência passava a um plano secundário. Na história britânica, por exemplo, desenvolveu-se uma estreita relação entre São Jorge e a cultura do país. No início do século XII, o exército inglês, preparando-se para atacar Jerusalém, monta acampamento na terra em que São Jorge teria sido sepultado, e os sucessos daquela empreitada promovem grande identificação com o Santo. No século XIV foi criada a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge pelo rei Eduardo III da Inglaterra, e no século seguinte a data da comemoração do Santo torna-se feriado no país. No século XVIII, o Papa Bento XIV o declara oficialmente o padroeiro da nação.

Depoimento: Há mais de 20 anos, visitei pela primeira vez, o Mosteiro de São Jorge, nas montanhas da Síria, com meu pai, o libanês AKef Kalil El Dib. Os padres Ortodoxos ficaram tão encantados com meu interesse em conhecer o Templo, que me mostraram tudo. Acho que fui um dos únicos brasileiros que chegaram até lá. Na saída, pediram um táxi para nos levar até Muzaine, terra Natal dos meus avós maternos, Zacharias e Jamile José Calil. Adentramos, seguimos caminho e o motorista perguntou ao meu pai que idioma eu estava conversando com ele. Meu pai respondeu, português. Meu filho é brasileiro. O motorista comentou; “eu tinha um tio que morava no interior de São Paulo”. Meu pai perguntou como ele se chamava? Respondeu Abrão Assed. Meu pai falou a cidade dele é Ribeirão Preto? Respondeu: esta mesmo. Ai, meu pai falou “este moço atrás é primo da mulher do Abrão Assed, pois Tia Chafica era sobrinha do meu avô Zacharias”. Foi uma emoção que jamais vou esquecer. Mundo pequeno!

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