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18 de abril de 2024 | 19:34
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Cultura

‘Don Giovanni’ estreia no Pedro II

ELZA ROSSATO/SÉRGIO FERREIRA AMIGOS DA FOTOGRAFIA

A ópera “Don Giovanni”, obra-prima do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) com li­breto de Lorenzo Da Ponte (1749-1838), estreia nesta sexta-feira, 28 de setembro, no Theatro Pedro II, em Ri­beirão Preto. Na quarta-feira (26) houve um ensaio geral aberto à população.

Todas as sessões contarão com áudio-descrição para atender o público com defici­ência visual.
Uma obra-prima de Mo­zart. O maestro Cláudio Cruz, da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), assina a direção artística e musical e será o regente. A di­reção cênica é de Mauro Wro­na, com Caetano Vilela como designer de luz e o figurinis­ta Fábio Namatame.

Toda esta mobilização de talentos foi planejada e traba­lhada por meses junto aos ór­gãos oficiais e apoiadores de cultura, fazendo no interior de São Paulo uma montagem criteriosa da lenda de Don Juan que surgiu como um conto moral de advertência contra a vida desregrada.

Como nenhum outro compositor até então, Mozart percebeu que, explorando a força emocional do canto, po­deria infundir sangue e vida nos heróis da ópera tradicio­nal, seja ela séria ou cômi­ca. A última seletiva ocorreu em 4 de junho para definir o coral da ópera. Dezesseis candidatos foram aprovados. Thayana Roverso (soprano) foi escolhida para interpretar a persona-gem Zerlina e Ca­milo Calandrelli (barítono) fará Masetto.

A montagem, que es­treou no Theatro São Pe­dro, em São Paulo, em ou­tubro do ano passado, com enorme sucesso de público e de crítica, ocupa o Pedro II desde o dia 17 em um pro­cesso de adaptação às carac­terísticas do palco do espaço cultural, que não receberá mais nenhum espetáculo até o fim da temporada de “Don Giovanni”, na próxima terça-feira, 2 de outubro.

“Don Giovanni” trata da história do galanteador es­panhol conhecido pela fama de conquistador. A obra, que expõe a desordem dos afe­tos, ambientada em Sevilha, na Espanha do século XVIII, traz uma crítica social e sar­casmo misturando a comé­dia ao drama. Seu mote, que se desenrola em dois atos, se dá já na primeira cena, por conta da tentativa de estupro por parte de Don Giovanni à Donna Anna.

Os personagens vivem en­voltos em emoções e desejos violentos, tendo ainda como tema central o “don juanis­mo” clássico na psicologia moral com foco no enlou­quecimento do desejo. Neste cenário, e apesar de escrita em 1787, encenada pela pri­meira vez no Teatro Di Praga, não poderia trazer à tona as­sunto mais atual.

O tom cômico da peça se dá a partir da relação entre Don Giovanni e seu servi­çal Leporello. A todo o mo­mento o servo tenta alertar o patrão sobre os riscos que ele corre se envolvendo com mulheres casadas e donzelas, cujos pais juram morte ao se­dutor a cada uma de suas in­vestidas. É considerada uma das obras-primas da história das óperas. O espetáculo terá três récitas.

A organização é da Matiz Eventos, que elaborou o pro­jeto e executa toda a produção artística numa parceria com a Fundação Dom Pedro II – prefeitura de Ribeirão Preto. O projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC) – via Lei Rouanet – e apoiado por empresas e pessoas físicas da cidade e da região.

O evento conta com pa­trocínio das seguintes em­presas: Usina da Pedro, São Martinho, Ambient, São Francisco Saúde, NTC Fro­tas, Pratinha, Santa Helena, Pinguim, UniDBSCO Grupo SEB, Instituto Ribeirão 2030 e Monreale Hotel Ribeirão Preto, com a realização do Fundo Nacional da Cultu­ra, Matiz Eventos, prefeitura de Ribeirão Preto, Fundação Dom Pedro II e Ministério da Cultura.

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