Nesta semana foi retomada a obra do viaduto na avenida Brasil sobre a Thomaz Alberto Whately, no Jardim Aeroporto, que beneficiará o tráfego de veículos na Zona Norte de Ribeirão Preto, cujo fluxo no horário de pico é de cerca de seis mil veículos por hora. Mais de 50 ônibus do transporte público urbano passam pela região. O valor total que será investido no viaduto é de R$ 19.441.235,95.
A nova empresa responsável pela obra é a Autem Engenharia Ltda., que assinou a ordem de serviço em abril, realizando a limpeza do local e preparação do canteiro de obras e demarcações das intervenções que serão realizadas no decorrer dos trabalhos. Nesta sexta-feira, 20 de maio, começou a ser implantada a terra armada para a construção dos muros de acesso ao viaduto.
Prazo para conclusão
O prazo para entrega é de 14 meses. São oito meses para a execução e finalização do objeto e mais seis meses para medição, recebimento da obra e pagamento. Deve ser inaugurado entre junho e julho de 2023. Com nove metros de altura em seu ponto mais alto e 110 metros de extensão, serão 30 mil m² de pavimentação, 200 toneladas de aço, 1,5 quilômetro de drenagem e dez mil m³ de aterro.


Rotatória será extinta
Essa obra se interliga diretamente ao viaduto que está sendo construído na avenida Brasil sobre a Mogiana, que passará por cima da rotatória em direção ao alargamento da ponte da linha férrea. Com a conclusão do viaduto, a rotatória que interligava as avenidas vai deixar de existir.
Atualmente, nos horários de pico, a rotatória tem fluxo intenso. A obra vai beneficiar moradores dos bairros Ribeirão Verde, Jardim Aeroporto, Parque Avelino Alves Palma, Adelino Simioni, Heitor Rigon, Distrito Empresarial, Quintino Facci I e II, Tanquinho, Vila Elisa, Vila Brasil e os passageiros do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes.
Rescisão
A Autem Engenharia Ltda. substitui a Contersolo Construtora, que teve o contrato rescindido em julho do ano passado depois de abandonar as obras por questões financeiras. A empresa e a Coesa Engenharia paralisaram os serviços alegando aumento excessivo no preço dos insumos e desequilíbrio financeiro.
A Contersolo Construtora respondia pela construção dos viadutos nas avenidas Brasil e Mogiana e do túnel sob a praça Salvador Spadoni. A Coesa Engenharia era responsável pelos dois corredores de ônibus na Zona Norte (Dom Pedro I e Saudade). A prefeitura aplicou multas no valor total de R$ 5.223.815,18 nas empresas.
Porém, o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a autuação até o julgamento do mérito do recurso. Inicialmente, a obra do viaduto da avenida Brasil estava orçada em R$ 13.284.955,62 e o prazo para entrega era abril de 2020.
Aporte
A Contersolo Construtora concluiu 44% dos trabalhos do viaduto. A nova licitação foi lançada em dezembro com valor estimado em R$ 12.335.231,33, segundo o edital. Os R$ 19.441.235,95 estão 57,6% acima da previsão inicial, acréscimo de R$ 7.106.004,62. Outras obras que foram paralisadas após a rescisão dos contratos já foram retomadas.
Outras obras
A Ramadam Engenharia e Empreendimentos Ltda. venceu a licitação lançada pela prefeitura de Ribeirão Preto para conclusão das obras de construção de um viaduto na avenida Mogiana. A empresa receberá R$ 14.509.365,49 pelo serviço. O prazo para entrega não foi definido.
A Rual Construções e Comércio Ltda., de São Paulo, venceu a licitação que envolve as obras de conclusão do túnel na antiga praça Salvador Spadoni, sob a avenida Nove de Julho, no Jardim Sumaré, que permitirá ligação direta entre as avenidas Independência e Presidente Vargas, na Zona Sul. A prefeitura vai pagar mais R$ 27.185.960,56 e a previsão é que a obra seja concluída em 18 meses, em setembro de 2023.
A Autem Engenharia também é responsável pela construção dos corredores de ônibus nas avenidas Dom Pedro I, no Ipiranga, e Saudade, nos Campos Elíseos, na Zona Norte. Assinou a ordem de serviço em abril. O novo valor que será investido é de R$ 30.057.360,64. A previsão de conclusão das obras é para o final de 2022.
Ribeirão Mobilidade
O investimento total no Ribeirão Mobilidade se aproxima de R$ 500 milhões. São R$ 310 milhões provenientes de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento II – PAC da Mobilidade Urbana e do Saneamento, do governo federal e, o restante do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) e outras agências de crédito. Cerca de 90% das obras do Programa Ribeirão Mobilidade já estão licitadas ou em processo de licitação. São mais de 30 projetos no total.