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28 de março de 2024 | 8:55
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Economia

Etanol deixa de ser o mais barato

TRIBUNA IMAGEM
O etanol vendido nos mais de 200 postos de Ribeirão Preto deixou de ser o mais barato do estado de São Paulo e agora está na segunda posição, segundo pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bio­com-bustíveis (ANP) realizada entre 2 e 8 de dezembro em 108 cidades paulistas. O litro do álcool de Franca assumiu a liderança com preço médio de R$ 2,389 – o único abaixo de R$ 2,40. O valor médio do pro­duto ribeirão-pretano é de R$ 2,455, empate técnico com o de São José do Rio Preto, negocia­do a R$ 2,456.

Até dia 1º, o etanol de Ri­beirão Preto era o mais barato do estado. Já ocupou a segunda colocação outras duas vezes e a terceira posição, uma vez. Ou­tra boa notícia é que, em com­paração com o preço cobrado no início de novembro, o valor do derivado da cana-de-açúcar também recuou. Em um mês, a retração chega a 8,66%, de R$ 2,688 para R$ 2,455 na semana passada, desconto de R$ 0,233. O etanol é mais caro no litoral paulista: o litro custa R$ 3,227 em Caraguatatuba, R$ 3,010 em Cubatão e R$ 2,947 em Santos.

Há cinco meses, quando apareceu na segunda colocação do ranking dos mais baratos pela primeira vez no ano – acu­mula ainda um terceiro lugar, também em julho –, o etanol ri­beirão-pretano custava, em mé­dia, R$ 2,177, segundo a ANP. Estava atrás apenas do produto comercializado em Franca (R$ 2,088). Agora, o preço médio é de R$ 2,455, alta de 12,7% e acréscimo de R$ 0,278.

Nos postos bandeirados de Ribeirão Preto, o etanol custa en­tre R$ 2,40 (R$ 2,397) e R$ 2,50 (R$ 2,499). Nos sem-bandeira, pode ser encontrado por valores que vão de R$ 2,24 (R$ 2,237) a R$ 2,30 (R$ 2,229). A variação entre o menor (independentes) e o maior valor (franqueados) é de 7,14%, diferença de R$ 0,16. Nas usinas paulistas, porém, os preços saíram do rumo.

A má notícia é que, depois de semanas seguidas registran­do queda, o derivado da cana-de-açúcar subiu nas unidades produtoras do estado, segundo estudo do Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Esco­la Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP) –, realizado entre o dia 30 e sexta-feira (7). O etanol está 2,54% mais caro. Saltou de R$ 1,6229 para R$ 1,6641. Já o do ál­cool anidro – adicionado à gaso­lina em 25% – disparou 3,18%, de R$ 1,770 para R$ 1,8263.

A Petrobras manteve o preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias, válido para esta quarta-feira, 12 de de­zembro, em R$ 1,5942 – subiu 2,29% na terça-feira (11). Além disso, a estatal manteve sem al­teração o preço do diesel, em R$ 1,7984, até dia 15, conforme tabela disponível no site da em­presa. Em 6 de setembro, a di­retoria da companhia anunciou que, além dos reajustes diários da gasolina, terá a opção de utili­zar um mecanismo de proteção (hedge) complementar.

Segundo o mais recente es­tudo semanal da ANP, o preço médio do derivado de petróleo em Ribeirão Preto é de R$ 4,255, queda de 1,4% e abatimento de R$ 0,06 em comparação com os R$ 4,315 da semana anterior. O litro do diesel custa cerca de R$ 3,431, baixa de 1,98% e des­conto de R$ 0,069 em relação aos R$ 3,500 do período ante­cedente, segundo a agência. A média na cidade é de R$ 3,70 nos franqueados (R$ 3,699) e de R$ 3,40 nos independentes (R$ 3,399), variação de 8,8% e diferença de R$ 0,30.

Nos postos bandeirados, o litro da gasolina custa, em mé­dia, entre R$ 4,10 (R$ 4,098) e R$ 4,40 (R$ 4,399). Nos sem -bandeira, o derivado de petró­leo custava menos de R$ 4 até a noite de ontem, variando entre R$ 3,90 (R$ 3,899) e R$ 3,95 (R$ 3,949). Mas o consumidor deve pesquisar porque tanto alguns franqueados quanto in­dependentes praticam valores diferentes, para cima e para bai­xo. A variação entre o menor (independentes) e o maior valor (franqueados) é de 12,8%, dife­rença de R$ 0,50.

Considerando os valores médios de R$ 2,40 para o eta­nol e R$ 4,10 para gasolina nos bandeirados e de R$ 2,30 e R$ 3,95 nos sem-bandeira, respec­tivamente, ainda é mais van­tajoso abastecer com álcool, já que a paridade está entre 58,5% e 58,2% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação che­ga a 70%. Se a base for os preços da ANP, de R$ 2,455 para o eta­nol e R$ 4,255 para a gasolina, a paridade está em 57,7%.

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