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19 de abril de 2024 | 10:34
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Facebook terá de retirar postagem de empresário

A juíza Mayra Callegari Go­mes de Almeida, da 6ª Vara Cí­vel de Ribeirão Preto, concedeu liminar em ação impetrada pela Fundação Hospital Santa Lydia e determinou que o Facebook retire do ar postagens negacio­nistas sobre a pandemia do co­ronavírus na cidade.

A fundação alega que se trata de fake news. As posta­gens foram feitas pelo empre­sário Adriano de Pádua Reis. Ele e o Facebook têm 48 horas para apagar os posts apontados na ação sob pena de multa de R$ 200 por dia, limitada a um total de R$ 200 mil, em caso de desobediência. Os alvos da ação ainda não haviam sido notificados até a manhã desta sexta-feira, 14 de maio.

“No caso em tela, ante à sensibilidade das informações divulgadas na página do autor, em especial atenção ao mo­mento fragilizado em que a sociedade brasileira se encon­tra, ao somar 428 mil óbitos por covid-19, sendo 2.545 nas últimas 24 horas (já são mais de 430 mil), entendo presentes os requisitos necessários à con­cessão da tutela pretendida”, afirma a juíza na decisão.

Para a EPTV, o empresá­rio disse que as imagens feitas falam por si e mostram que as unidades estavam praticamen­te vazias. “Além dessas filma­gens, fizemos lives na UPA 13 mostrando os barracões com­pletamente vazios, apenas com funcionários dentro”. Ainda cabe recurso. Diz também que considera a ação uma tentativa de cerceamento de sua liberda­de de expressão.

Cita ainda que se trata de um atentado contra os prin­cípios da publicidade e trans­parência dos atos do poder público. No ano passado, em 9 de abril, Adriano Reis acabou sendo levado para a delegacia após ele tentar “invadir” a Uni­dade de Pronto Atendimento Doutor Luis Atílio Losi Viana, a UPA da Treze de Maio, para fazer uma live. Afirmava que a UPA estava vazia – com pou­cos pacientes de covid-19 –, ao contrário do que afirmavam as autoridades da saúde.

Dias antes ele já havia pos­tado vídeos nas redes sociais afirmando que o coronavírus não atingia a cidade e que nú­meros de casos eram inflados pelas autoridades. Por ter co­metido crime contra a saúde pública, segundo argumenta a prefeitura, Adriano Reis foi levado para a delegacia onde foi feito um boletim de ocor­rência (BO).

Um segurança da UPA também afirmou, na época, que teria sido agredido pelo empresário. Adriano Reis já foi candidato a vereador em Ri­beirão Preto em duas ocasiões. Em 2016, concorreu a uma vaga na Câmara pelo Partido Republicano da Ordem Social (Pros), em coligação formada com o então Partido Ecológico Nacional (PEN), hoje denomi­nado Patriota.

Obteve 346 votos e ficou em 15º lugar. A coligação ele­geu Paulo Modas (hoje no Par­tido Social Liberal, o PSL), com 2.576 votos. No ano passado, já filiado ao PSL, conquistou 899 votos e é o atual primeiro su­plente da legenda, que reelegeu Paulo Modas com 2.464 votos.

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