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28 de março de 2024 | 21:36
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Política

Fachin homologa delação do operador Lúcio Funaro

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Fede­ral (STF), homologou nesta terça-feira a delação de Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de políticos do PMDB em esquemas de corrupção. O caso ainda segue sob sigilo. A expectativa é que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, use as informa­ções fornecidas por Funaro na segunda denúncia que preten­de fazer contra o presidente Michel Temer.

Fachin, que é o relator dos processos da Operação Lava­-Jato no STF, também determi­nou que o caso voltasse à Pro­curadoria Geral da República (PGR). Caberá agora a Janot decidir o que fazer com o mate­rial. A primeira denúncia con­tra Temer, baseada na delação de executivos da JBS, está pa­ralisada porque a Câmara não deu autorização para que o pro­cesso tivesse continuidade.

Funaro operava repasses de propina ao grupo do PMDB na Câmara. Em um dos depoimen­tos da delação, o operador con­firmou ter recebido dinheiro do empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, para permanecer em silêncio.

Nas tratativas iniciais com vistas à delação, Funaro teria prometido falar sobre assuntos relacionados a Temer e um ex­pressivo número de políticos, sobretudo daqueles que tive­ram campanhas financiadas em negociações intermedia­das pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Além de complicar a situa­ção de Temer, a delação também deve atingir pelo menos 20 polí­ticos vinculados a Cunha. Entre os principais alvos estão os ex­-ministros Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Hen­rique Eduardo Alves (Turismo), dois dos mais próximos aliados de Temer. Funaro indicou contas bancárias na quais teriam sido depositadas propinas para os dois ex-ministros supostamente a mando de Cunha.

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