Os ribeirão-pretanos que ainda não compraram os presentes para as festas de final de ano podem aproveitar duas tradicionais feiras que acontecem em praças na região central de Ribeirão Preto. A Feira de Artesanato de Natal, na praça XV de Novembro, termina neste sábado, 23 de dezembro.
O espaço atende hoje das nove às 18 horas. No local é possível conhecer o trabalho de 40 artesãos – integrantes da Associação Arte Vida da Sete de Setembro, da Associação dos Artesãos e Artistas Expositores da Feira da Praça das Bandeiras e da Feira dos Artistas e Artesãos Independentes (Fairp).
O evento, promovido pela Secretaria Municipal da Cultura, oferece opções de presentes a preços populares. Entre os itens estão artigos de cama, mesa, banho, decoração, brinquedos e bijuterias, feitos com diferentes técnicas e materiais como fuxico, gesso, pintura, madeira, patchwork, vidro e muito mais.
“Todos os objetos são desenvolvidos manualmente com detalhes minimalistas. Os artesanatos são excelentes escolhas para presentear, pois muitas peças são únicas, exclusivas. Os preços são atrativos e cabem no bolso de quem deixou para comprar seus presentes de última hora”, comenta Carminha Rezende, agente da Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco).
Na Praça das Bandeiras acontece a Feira de Arte e Artesanato de Ribeirão Preto, ou “Feira da Catedral”. Foi criada em 1978 pelo artista plástico Antônio Palocci com o objetivo de incentivar a arte na cidade. No início de suas atividades, funcionava diariamente e contava com uma média de 150 artesãos ocupando grande parte da praça.
A feira comercializa uma grande variedade de produtos, tais como bijuterias, tecelagem, crochê e tricô, roupas indianas, flores e plantas, artesanato em madeira, vidro, pedra e couro. Também é conhecida como “Feira Hippie” pelo estilo de roupas e acessórios vendidos e utilizados pelo artesãos.
Em 2009, a então prefeita Dárcy Vera (sem partido) se reuniu com os expositores e negociou para definir um novo espaço, já que o Ministério Público Estadual (MPE) proibiu a utilização da praça, justificando que o local deve preservar seu paisagismo e sob a alegação de que a aglomeração de barracas atrapalhava a locomoção das pessoas.
A proposta da transferência para o “bolsão” (ponto de estacionamento localizado em frente à Catedral Metropolitana de São Sebastião) foi avaliada e aceita. Devido as exigências impostas, redução do espaço e dias de funcionamento pela prefeitura, houve uma queda do número de artesãos no local, passando de 150 para 50 comerciantes, consequentemente a renda deixou de ser fonte principal para ser apenas um complemento financeiro familiar.