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28 de março de 2024 | 12:52
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Cultura

Fotos e crônicas no Museu de Arte de RP

A obra fotográfica de Itha­mar Vugman é um convite às profundezas da alma capaz de provocar em cada observa­dor suas próprias conclusões e como resultado de indaga­ções surgem possibilidades infinitas. As fotos, visões mi­croscópicas de objetos, textu­ras, pigmentos engrandecidos pela luz, formam composições enigmáticas e escultóricas, es­teticamente perfeitas.

Nesta sexta-feira, 7 de ju­nho, às 19h30, Ithamar Vug­man, de 91 anos, professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMRP/USP) e que tem apenas 5% da visão, estará no Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismon­di (Marp) para a abertura da exposição fotográfica “Imer­sões” e para a noite de autógra­fos do livro “Croniketas”.

São 18 obras com edi­ção, tratamento e impressão do também fotógrafo Thór Crespi Amêndola e curadoria do diretor do Marp, Nilton Campos. “Imersões” é um conjunto que reúne décadas de observação do mundo da anatomia microscópica, onde o cientista e pesquisador Ithamar Vugman mergulhou durante uma vida dedicada à pesquisa científica e de onde se origina o trabalho que trans­cendeu à barreira da ciência e ocupou o espaço das artes.

Prostrar-se à frente de cada obra dessa mostra significa a conquista do conhecimento e o reconhecimento da beleza na sua forma mais genuína. A ex­posição vem junto com o lança­mento do livro “Croniketas” e a proposta é oferecer ao público toda a bagagem do professor e pesquisador aposentado da USP que, de menino ledor voraz, se transformou num adulto escre­vinhador contumaz.

Numa das suas breves crô­nicas, o autor e artista afirma que para percorrer os cami­nhos da vida é preciso pagar pedágio. Com essa máxima, Ithamar Vugman nos deixa a certeza que está quite com sua proposta artística. Nada mais bonito, profundo e intenso que sua própria expressão.

O Marp fica na rua Barão do Amazonas nº 323, no Centro Histórico de Ribeirão. Atende de terça à sexta-feira (exceto fe­riados e pontos facultativos), das nove às 18 horas, e aos sábados (menos o doa dia 22 de junho), das 12 às 17 horas. A mostra fi­cará em cartaz até 5 de julho.

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