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19 de abril de 2024 | 16:46
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Economia

Gasolina – Queda de preço não chega às bombas

Os combustíveis estão mais caros nas bombas dos mais de 200 postos de Ri­beirão Preto desde sexta-fei­ra, 5 de outubro, conforme o Tribuna anunciou. O litro do etanol está perto de atin­gir R$ 3 e o da gasolina deve chegar a R$ 5 ainda este ano. O álcool ficou mais caro nas usinas paulistas, mas o deri­vado de petróleo vem caindo nas refinarias. No entanto, o repasse não chega ao consu­midor. Os revendedores da cidade elevaram os preços do etanol e da gasolina em cerca de R$ 0,10 por litro no final da semana passada.

A alta é reflexo do fim dos descontos praticados pelas distribuidoras e da disparada nas usinas. Nas refinarias da Petrobras as alterações que ocorreram foram para baixo – o valor não sobe há mais de dez dias. A estatal anunciou ontem redução de 0,9% no preço médio do litro da gaso­lina sem tributo nas refinarias, válido para esta quinta-feira, dia 11, para R$ 2,1691. Já o preço do diesel permanece em R$ 2,3606, conforme tabela disponível no site da empresa.

Em 30 de setembro, a pe­trolífera elevou o valor do die­sel em 2,8% devido aos novos valores dos preços de referên­cia para o terceiro período da terceira fase de subvenção ao combustível, que vai até 29 de outubro. O dólar, que acaba influenciando os três produ­tos (etanol, gasolina e diesel), voltou a subir ontem e termi­nou a terça-feira cotado a R$ 3,7631, alta de 1,28%. Apesar do aumento, o câmbio acu­mula uma queda de 2,41% na semana e de 7,11% no mês.

Nos postos bandeirados, o litro da gasolina custa, em média, R$ 4,80 (R$ 4,798), mas há estabelecimentos que vendem o derivado de petró­leo por R$ 4,90 (R$ 4,899) e até R$ 4,95 (R$ 4,949) – a va­riação chega a 3,1% diferença de R$ 0,15. Nos sem-bandei­ra, a média é de R$ 4,71 (R$ 4,709), mas há locais onde o litro custa R$ 4,65 (R$ 4,649) e em outros “sai” por R$ 4,62 (R$ 4,619), variação de 1,9% e diferença de R$ 0,09.

Para abastecer um tanque de 50 litros, o consumidor vai gastar entre R$ 231 e R$ 247,5. A variação entre o menor pre­ço (R$ 4,62, independentes) e o maior (R$ 4,95, franquea­dos) chega a 7,1% ou R$ 0,33. De acordo com o estudo se­manal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), rea­lizado entre os dias 30 de se­tembro e 6 de outubro, o preço médio da gasolina na cidade é de R$ 4,643 (piso de R$ 4,479 e máximo de R$ 4,799).

No final de agosto os donos de postos de combustíveis em Ribeirão Preto reajustaram o valor do litro do óleo diesel. Nos bandeirados, o aumento médio foi de 13,4%, passando de R$ 3,44 (R$ 3,437) para R$ 3,90 (R$ 3,899), acréscimo de R$ 0,46. Na semana passada, porém, já custava cerca de R$ 3,80 (R$ 3,798). Nos sem-ban­deira havia disparado 9,34%, de R$ 3,21 (R$ 3,209) para R$ 3,51 (R$ 3,509), aporte de R$ 0,30,e agora custa R$ 3,60 (R$ 3,3599).

A variação entre o menor preço (R$ 3,60, independen­tes) e o maior (R$ 3,90, fran­queados) chega a 8,3% ou R$ 0,30. Segundo o estudo sema­nal da ANP, o valor médio na cidade é de R$ 3,499 (mínimo de R$ 3,399 e máximo de R$ 3,619). Antes da greve dos caminhoneiros custava R$ 2,3716 nas refinarias. A Petro­bras manteve o preço em R$ 2,3606 nas refinarias para este sábado (6). Para encher um tanque de 100 litros, o cami­nhoneiro terá que desembol­sar entre R$ 351 e R$ 390.

Etanol acompanha o preço da gasolina
O preço do etanol acompanha o da gasolina. Os produtores cobram mais caro pelo litro para evitar explosão de consumo. Nos postos bandeirados de Ribeirão Preto, o derivado da cana-de-açúcar custa em média R$ 2,80 (R$ 2,797), mas há locais onde é vendido por R$ 2,90 (R$ 2,899), com varia­ção de 3,6% e diferença de R$ 0,10. Nos sem-ban­deira, ainda é encontrado por R$ 2,61 (R$ 2,609), mas a maioria dos estabelecimentos já cobra R$ 2,71 (R$ 2,709). A variação chega a 3,8%, com diferença de R$ 0,10.

Segundo o Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP), – entre 28 de setembro e sexta-feira (5), o valor do litro do álcool hidratado subiu 4,63% nas usinas, de R$ 1,7102 para R$ 1,7894. O do anidro – adicionado à gasolina em 25% – aumen­tou 3,24%, de R$ 1,8591 para R$ 1,9193.

De acordo com o estudo semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustí­veis (ANP), realizado entre os dias 30 de setembro e 6 de outubro, o etanol vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 2,671 (piso de R$ 2,559 e teto de R$ 2,799). Para abastecer um tanque de 50 litros o consumidor vai pagar entre R$ 130,5 e R$ 145. A variação entre o menor preço (R$ 2,61, independentes) e o maior (R$ 2,90, franqueados) chega a 11,1% ou R$ 0,29.

Segundo a ANP, considerando os valores médios de R$ 2,80 para o etanol e R$ 4,80 para gasoli­na nos bandeirados e de R$ 2,71 e R$ 4,71 nos sem-bandeira, respectivamente, ainda é mais vantajoso abastecer com álcool, já que a paridade está entre 58,3% e 57,5% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana quando a relação chega a 70%.

Valores médios cobrados em RP
GASOLINA
Bandeirados: R$ 4,80 (média)
Sem-bandeira: R$ 4,71 (média)
Preço médio da ANP: R$ 4,643
ETANOL
Bandeirados: R$ 2,80 (média)
Sem-bandeira: R$ 2,71 (média)
Preço médio da ANP: R$ 2,671
DIESEL
Bandeirados: R$ 3,51 (média)
Sem-bandeira: R$ 3,90 (média)
Preço médio da ANP: R$ 3,499

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