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29 de março de 2024 | 9:26
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© Marcello Casal JrAgência Brasil
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Governo estuda estender socorro até o fim de 2020

O governo estuda esten­der o auxílio emergencial destinado a trabalhadores in­formais, desempregados e be­neficiários do Bolsa Família, até o fim de 2020, segundo fontes da equipe econômica. A ideia é que o benefício seja prorrogado até dezembro, mas o valor das próximas prestações (setembro, outu­bro, novembro e dezembro) deve ser menor do que os R$ 600 por mês (mães solteiras recebem R$ 1,2 mil).

Ainda não foi batido o martelo, mas uma das op­ções é pagar R$ 200 nesses meses. O governo já desti­nou R$ 254,4 bilhões para o pagamento do auxílio emer­gencial de R$ 600, num total de cinco parcelas (de abril a agosto), para 66,2 milhões de beneficiários do programa. A despesa mensal do auxí­lio está em R$ 51,5 bilhões, e todos os gastos do governo para combater a pandemia e seus efeitos estão sendo ban­cados com o aumento do en­dividamento do país.

Para o governo, o “grande nó” é a substituição do auxí­lio emergencial por um novo programa social, batizado de Renda Brasil, em substituição ao Bolsa Família. Há dúvidas se o governo conseguirá ti­rar o programa do papel até o fim do ano. Como mostrou o Estadão, a equipe econômi­ca quer atrelar esse debate a uma revisão de gastos sociais considerados ineficientes. Na mira dos técnicos estão gastos como abono salarial, seguro-defeso (pago a pesca­dores artesanais no período de reprodução dos peixes, quando a pesca é proibida) e farmácia popular.

Apoio
Além disso, a continui­dade do pagamento do au­xílio emergencial ajuda a garantir apoio ao presidente, principalmente nos Estados do Norte e Nordeste. Como mostrou o Estadão, em via­gens pelo País o presidente, em tom de campanha, tenta capitalizar medidas aprova­das pelo Congresso.

Pesquisas apontam que foi Bolsonaro quem mais ga­nhou com o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 dado aos trabalhadores infor­mais que perderam renda por causa da pandemia do novo coronavírus. Mesmo que tenha inicialmente se posicionado contra o benefício, para o elei­tor o que fica é que o dinheiro entrou na conta, foi pago pela Caixa Econômica Federal, portanto, pelo presidente.

O auxílio emergencial foi criado em abril, por meio de uma lei aprovada pelo Con­gresso Nacional e sancionada por Bolsonaro. A previsão inicial era que o auxílio fos­se pago por três meses, mas a lei deu a possibilidade de prorrogação do benefício. O texto enviado pelo governo ao Congresso previa que o auxílio fosse de R$ 200, mas o texto aprovado pelo Congres­so passou o valor da parcela para R$ 600.

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