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19 de abril de 2024 | 7:55
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Cultura

Grupo faz tributo a Pixinguinha

O Theatro Pedro II recebe nesta terça-feira, 12 de novem­bro, o Sexteto Colibri com o show “Pixinguinha Vivo!”, uma homenagem ao maestro, flau­tista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro considerado o “pai do Choro”. O espetáculo integra o Projeto Amigos da Casa. A apresentação terá início às 20 horas, com direção artística de Tina Oliveira. Atualmente, o Sex­teto Colibri é formado por Sônia Maria (voz), Paulo Lakimé (sax), Alexandre Araújo (trombone) e Disritmia Núcleo de Dança.

O grupo Sexteto Colibri, es­pecialista em choro, vai apresen­tar alguns dos mais lindos temas da nossa música popular, como “Rosa”, “Lamentos”, “Carinhoso”, entre outros, contribuindo para a valorização e divulgação da arte em forma de chorinho e também representa um ponto de partida para as novas gerações entrarem em contato com parte da obra do grande gênio da música popular brasileira que foi Pixinguinha.

Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada). Estão à venda no guichê do espa­ço cultural. A meia-entrada só vale para estudantes com carteirinha da instituição de ensino, professo­res, supervisores, diretores, coor­denadores pedagógicos e titulares de quadro de apoio das escolas da rede pública (municipal e estadu­al) com apresentação de holerite ou documentação, idosos acima de 60 anos com documento com­probatório (cédula de identidade, RG) e portadores de deficiência com um acompanhante. Crianças menores de dois anos não pagam.

Não será permitida a entra­da após o início do espetáculo. A Fundação Pedro II também proí­be o consumo de comidas e bebi­das no local. O Theatro Pedro II fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O lo­cal tem capacidade para 1.588 pes­soas, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1,3 mil lugares. Telefone para mais informações: (16) 3977-8111. O espetáculo é livre.

O espetáculo integra o proje­to Amigos da Casa, da Fundação Dom Pedro II, lançado para valo­rizar os artistas locais e democra­tizar o acesso à cultura, com uma proposta de formação de público para apresentações artísticas nas áreas de música, teatro e dança, em um dos principais cartões­-postais de Ribeirão Preto e se­gundo maior teatro de ópera do Brasil, o Theatro Pedro II.

Alfredo da Rocha Vianna Fi­lho, conhecido como Pixinguinha (1897- 1973), foi maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranja­dor. Contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma for­ma musical definitiva. Integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito batutas, muito ati­vo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arran­jador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves e Mário Reis.

No fim da década foi substitu­ído na função por Radamés Gnat­tali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxo­fone tenor. Algumas de suas prin­cipais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito La­cerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias. Quando compôs “Carinhoso”, entre 1916 e 1917 e “Lamentos” em 1928, que são considerados alguns dos cho­ros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, “Cari­nhoso” na época não foi conside­rado choro, e sim uma polca.

Outras composições, entre centenas, são “Rosa”, “Vou vi­vendo”, “Lamentos”, “1 x 0”, “Na­quele tempo” e “Sofres porque Queres”. Pixinguinha passou os últimos anos de sua vida em Ra­mos, bairro que adorava, e mor­reu na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando seria padrinho em uma cerimô­nia de batismo. Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma.

No dia 23 de abril comemo­ra-se o Dia Nacional do Choro. A data foi criada como homenagem ao que se acreditava ser a data de nascimento de Pixinguinha. Ela foi criada oficialmente em 4 de se­tembro de 2000, quando foi san­cionada lei originada por inicia­tiva do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.

Em novembro de 2016, en­tretanto, foi descoberto que a verdadeira data de nascimento do compositor é 4 de maio de 1897, e não 23 de abril, como se acreditava até então. Apesar dis­so, a data de comemoração do estilo musical criado pelo artista permaneceu inalterada.

Amigos da Casa
Desde que o projeto “Ami­gos da Casa” foi implantado, em 2009, o Theatro Pedro II é palco para que os artistas da ci­dade tenham a oportunidade de aprimorar e desenvolver seus espetáculos, promovendo a arte e a cultura junto à comunidade com o objetivo de democratizar o acesso e formação de plateia.

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