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17 de abril de 2024 | 22:18
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Igrejas, missa e pandemia

A pandemia fechou templos e igrejas com desconforto de muitos fieis, reclamações e movimentos de revoltas contra autoridades políticas e religiosas. Papa Francisco deu exemplo de obediência às autoridades constituídas com revoltas de alguns fieis devotos. Outros, mesmo sofrendo por não poder participar dos rituais, fizeram de suas casas templo de Deus com orações na família e leituras bíblicas.

Outros ainda ficaram com consciência tranquila, pois não havia mais a obrigação de participar do culto, ou da missa e assim se libertar de dever participar das longas homilias, mal preparadas e das várias interrupções no Canon da missa para realizar catequese ou desabafos políticos. Como são edifi­cantes homilias de bispos e do Papa que leem suas pregações assim não divagam e sabem concluir!

Que dizer de fieis revoltados contra as autoridade religio­sas por não se opor contra o fechamento das igrejas? Nada entenderam da religião, fazem dela um consolo psicológico e substituem Deus pelo o ego. Não entenderam que a Palavra de Deus deve ser assimilada e vivenciada, não entenderam que Eucaristia deve levar ao lava-pés, ao serviço dos irmãos, da esposa, filhos e empregados e não da sacristia. Que a missa deve levar ao perdão, à oração para o inimigo.

Que Jesus veio para salvar os descartados da sociedade, os pecadores, e até os assassinos aos quais devemos amar, como filhos dos quais o Pai espera a volta para o abraço. Não en­tenderam que hoje o Espírito Santo escolheu Francisco, e não Bento XVI, Viganó, Tramp ou Salvini. Talvez todos nós somos afetados por esta tentação. Senhor, livrai-nos deste mal.

Que dizer dos que ficam aliviados do remorso da consci­ência por não dever obedecer ao preceito de assistir a missa aos domingos. Oxalá que a Igreja não obrigue mais sub gravi… para aliviar sofrimentos psicológico. Estas pessoas e eu, devemos compreender que somos amados, que somos preciosos por Deus, que somos frutos do amor, da morte do Crucificado por nós e que tem sede da nossa felicidade, como uma mãe que vê um filho à beira do precipício e quer salvar.

Se a gente compreendesse que Jesus Eucarístico está à nos­sa espera para nos saciar de amor com seu Pão, não precisaria de preceito, mas seríamos arrastados pelo furação amoroso do Espírito Santo de Deus.

Que dizer das pessoas, que mesmo lamentando por não poder participar dos rituais litúrgicos, transformam suas ca­sas em templo vivo de Deus, orando e sofrendo por quantos lutam contra a morte? Estes são os verdadeiros outros cristos, membros do Corpo do Ressuscitado e formam com Ele, por Ele e Nele a Igreja

Esposa amada, um só corpo e um só espírito com Ele. Estes fazem aflorar a oração de Cristo de dentro deles, pois esquecendo de si mesmos, completam com Cristo o que falta à sua paixão.
Fazem da oração, da meditação, da missa, não a minha oração, a minha missa, mas a oração, meditação, a Missa de Jesus e como diz São Paulo: “Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja” (Col 1, 24).

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