25 C
Ribeirão Preto
18 de abril de 2024 | 16:01
Jornal Tribuna Ribeirão
MARCELO CAMARGO/AG.BR.
Início » Inflação de famílias mais pobres dispara
Economia

Inflação de famílias mais pobres dispara

A inflação das famílias mais pobres no Brasil disparou em dezembro em relação à das mais ricas, informou nesta terça-fei­ra, 15 de janeiro, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apesar de, no acumula­do de 2018, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda ter sido mais equilibrado. Em dezembro, as famílias de renda mais baixa registraram inflação de 0,21% contra 0,09% identi­ficados nos ajustes de preços da renda mais alta.

O resultado se deve ao maior aumento do preço de itens que impactam com mais força a baixa renda, como ali­mentos. Segundo o Ipea, em dezembro, os legumes subiram 9%; as verduras, 2,3%; frutas, 3%; e carnes, 2%. Também pe­saram o aumento do preço do vestuário, como roupas femini­nas, em alta de 2,3%, e o reajus­te de 0,5% do aluguel. Já para as famílias de alta renda, pesaram as passagens aéreas impulsio­nadas pelas férias, com preços 29,1% mais altos, e do aumento de 0,8% dos planos de saúde.

Por outro lado, a energia be­neficiou a todas as classes, com queda de 4,8% no preço da ga­solina e de 2% na conta de luz. “A queda de 4,8% no preço da gasolina foi o principal fator de descompressão inflacionária nas faixas de renda mais alta, que também se beneficiaram, ainda que em menor proporção, da queda das tarifas de energia elé­trica”, explicou o Ipea.

Em 2018
No acumulado de 2018, a in­flação cresceu em todos os seg­mentos de renda, resultado do aumento dos preços dos alimen­tos a partir do segundo semes­tre e, sobretudo, dos reajustes dos combustíveis e da energia elétrica entre junho e outubro. Embora as famílias mais pobres tenham sofrido mais em dezem­bro, no acumulado de 12 meses a alta de preços neste segmento foi de 3,5%, contra 3,9% nas fai­xas de renda mais alta.

O Ipea informou ainda que apenas as classes de renda média -alta e de alta tiveram aumento de preços acima da inflação ofi­cial no ano passado, de 3,90% e 3,92%, respectivamente, contra o Índice Nacional de Preços Amplo (IPCA) de 3,75% regis­trado em 2018. No acumulado, a renda baixa teve inflação de 3,59%; a renda média-baixa, de 3,73%; de renda média, 3,69%.

A inflação oficial, medi­da pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Am­plo (IPCA), fechou 2018 em 3,75%. Em 2017, havia ficado em 2,95%. Os dados foram di­vulgados pelo Instituto Brasi­leiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação ficou den­tro da meta estabelecida pelo Banco Central para 2018, que varia de 3% a 6%. Em dezem­bro, o indexador registrou in­flação de 0,15%, maior do que a de novembro, que teve defla­ção de 0,21%.

Mais notícias