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20 de abril de 2024 | 10:16
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Intervenção federal em ano eleitoral!

Muito já se escreveu sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro. Ninguém minimiza a grave situação da insegurança que se solidificou nas últimas décadas na Cidade Maravilhosa. A segurança, ao lado de outros programas, como educação e saúde, tem ocupado os discursos de candidatos a cargos públicos, nos adventos de cada eleição, desde que se instalou a Democracia em nosso País, há 30 anos. Promessas nunca cumpridas, antes mais do que nunca corrompidas!

Já a intervenção federal em ano eleitoral nos proporciona dois sabores: o sabor da esperança, de que agora algo melhore, e o sabor da desconfiança, de que esta foi mais uma “artimanha” do governo federal e dos inúmeros candidatos à reeleição em outubro próximo. Como a intervenção federal bloqueia a votação de qualquer lei que altere a Constituição, o Congresso Nacional sente-se mais uma vez blindado, com a certeza de que será reeleito para permanecer impune por mais um mandato. Não só fica adiada a polêmica reforma da Previdência, como também a do fim do foro privilegiado.

A falta de segurança pública não se limita apenas ao Rio de Janeiro, mas se estende às demais metrópoles do País, como efeitos de gestões públicas desorganizadas, cofres públicos desfalcados e desvio de verbas previstas para tais finalidades, aos bolsos e ao consumo desenfreado de homens desonestos, como assistimos diariamente na mídia que divulga uma investigação atrás da outra. O ex-governador Sérgio Cabral, por quem nossos dois últimos ex-presidentes Lula e Dilma disseram por a mão no fogo, é um dos exemplos mais escandalosos já vistos em nosso País.

Esbanjar os salários das polícias Civil, Militar e outras, deixando centenas de famílias em situação de miséria, já nos parece terrorismo. Pior é maquiar uma Polícia Pacificadora nas Comunidades, sem oferecer a infraestrutura, a educação, a saúde e as necessidades básicas às pessoas de boa vontade que nelas residem. Não havendo lideranças governamentais e pessoas do bem, a população passa a contar com a benevolência do tráfico institucionalizado da droga e das armas, geralmente muito mais potentes do que as da própria polícia. O tráfico atende às necessidades das pessoas, onde o governo se ausenta. Depois tenta resolver as mazelas e impor uma “paz de cemitério” em confrontos que ceifam muitas vidas inocentes com as tais balas perdidas.

Nossa esperança se debruça sobre a reorganização inteligente de esforços que implantem a dignidade das pessoas que merecem viver sem medo, porque seguras no ir e vir, bem como em suas residências. Oxalá esta intervenção federal em ano eleitoral não vise apenas reeleições de homens que só pensam em seu próprio metro quadrado. Desejamos muito que os frutos saborosos e não azedos sejam distribuídos a quem de direito: os cidadãos de bem, que pagando os mais altos impostos do mundo, mantém as mordomias das “excelências” que não poucas vezes são tão perigosos como determinados traficantes.
Recebem um tratamento diferenciado porque têm o tal “auxílio-paletó”, mas nem sempre são menos criminosos, a não ser que desvio de verba, roubalheira escancarada já não seja mais crime! Finalmente nossa esperança ainda maior, é que nas próximas eleições aconteça uma faxina de políticos coniventes com a miséria e a indigência do povo que cansou de servir de trampolim para a impunidade de políticos corruptos e corruptores!

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