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19 de abril de 2024 | 1:36
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Política

Intervenção termina em dezembro

A intervenção judicial no Hospital Santa Lydia já tem data para terminar – 31 de de­zembro de 2017. A proposta consta de petição assinada pelo promotor da Cidadania, Sebas­tião Sérgio da Silveira, e pelo procurador do município Mar­celo Tarlá Lorenz e já foi enca­minhada à 2ª Vara da Fazenda Pública do Fórum Estadual de Justiça de Ribeirão Preto.

A intervenção vai com­pletar em novembro três anos – foi em novembro de 2014 que a juíza Lucilene Canella de Melo, da 2ª Vara da Fazenda, determinou o afastamento de todos os diretores, do então su­perintendente e dos membros do Conselho Curador da Fun­dação Santa Lydia, atendendo a ação civil pública impetrada pelo promotor Sebastião Sér­gio da Silveira.

Em 2010, quando foi do­ado ao município, o Hospital Santa Lydia tinha uma dívida de R$ 5 milhões. Quatro anos depois, em 2014, o valor já havia subido para R$ 17,8 mi­lhões, o que deu início a uma série de problemas administra­tivos – atrasos no pagamento dos salários dos funcionários e dos fornecedores e suspensão ou redução do atendimento.

O hospital conseguiu redu­zir sua dívida em R$ 7,1 mi­lhões entre novembro de 2014 e abril de 2017 – chegou a bater na casa dos R$ 17,8 milhões e foi reduzida para R$ 10,7 mi­lhões. Auditoria financeira divulgado em abril deste ano revelou que a interventora Dar­lene Mestriner elevou de R$ 5,8 milhões para R$ 9,1 milhões o chamado ativo circulante – que inclui dinheiro em caixa, apli­cações financeiras, contas a re­ceber, estoques, matérias-pri­mas e títulos. O hospital tem 72 leitos para internação clínica e cirúrgica e 20 em UTI.

Darlene Mestriner é servi­dora de carreira da Secretaria Municipal de Saúde e foi nome­ada interventora pela Justiça. A petição foi encaminhada à 2ª Vara da Fazenda no dia 29 de agosto e deve ser acatada, pois é assinada pelos representantes do Ministério Público Estadual (MPE) e da Prefeitura.

O documento pede ainda autorização para a imediata recomposição do Conselho Curador, com a ressalva que os poderes administrativos continuarão com a interven­tora Darlene Mestriner até 31 de dezembro – até lá os novos conselheiros atuarão como au­xiliares consultivos.

Por fim, o acordo entre MPE e administração muni­cipal recomenda que Conse­lho Curador seja restabeleci­do com apenas quatro, e não cinco membros, por causa da destituição, mês passado, do Conselho Municipal de Saúde (CMS), a quem cabe a indica­ção de um dos membros.

Como a Justiça deu prazo de 60 dias para a Secretaria Municipal de Saúde realizar nova eleição para o CMS (o pleito de janeiro do ano pas­sado foi anulado por irregula­ridades diversas), assim que o novo conselho for empossado ele fará a indicação do quinto componente do novo Conse­lho Curador da Fundação San­ta Lydia.

Darlene Mestriner, que é farmacêutica da rede muni­cipal há 29 anos, informou a uma Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara sobre os planos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de ampliar o número de leitos de retaguarda, aqueles destina­dos a pacientes estabilizados que não necessitam de supor­te médico avançado.

Segundo ela, hoje são doze leitos do tipo e a meta a curto prazo é ampliar a quantidade para 33, chegando depois a 46 leitos credenciados junto à Rede de Urgências e Emergên­cias (RUE), que garante uma verba extra via Sistema Único de Saúde (SUS).

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