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18 de março de 2024 | 23:42
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Joe Biden afirma que transição já começou

Apesar dos entraves colo­cados pela Casa Branca, Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, disse que sua equipe já trabalha na transfe­rência de poder, para que ele tome posse em 20 de janeiro. “Já começamos a transição. Nada vai interromper o proces­so”, afirma o democrata.

Mesmo depois de declarado vencedor por agências de notí­cias, jornais e TVs, Biden ainda não recebeu um telefonema do presidente Donald Trump re­conhecendo a derrota. Por isso, a agência federal que deveria iniciar os procedimentos de transição ainda não começou os seus trabalhos.

“O fato de eles não reconhe­cerem nossa vitória, neste pon­to, não é algo que traga muita consequência ao nosso plane­jamento”, garante o democrata, que na terça-feira, 10 de no­vembro, discursou ao lado de sua vice, Kamala Harris. Ques­tionado se tinha algo a dizer a Trump, o democrata afirmou, sorrindo: “Estou ansioso para a nossa conversa”.

Se o reconhecimento inter­no ainda não ocorreu, o exter­no está bem adiantado. Biden falou sobre os telefonemas que recebeu de líderes mundiais. “Estou dizendo a eles que os EUA estão de volta”, afirma. “As boas-vindas que recebemos pelo mundo de nossos aliados e amigos têm sido reais. E eu me sinto confiante em reco­locar os EUA em um local de respeito, como era antes”, diz o democrata.

Velhos aliados dos EUA, como o governo alemão, da chanceler Angela Merkel, e francês, do presidente Emma­nuel Macron, enviaram felici­tações para Biden. O premiê canadense, Justin Trudeau, também. Até líderes que ti­nham afinidade com Trump cumprimentaram o presidente eleito, como os premiês britâni­co, Boris Johnson, e israelense, Binyamin Netanyahu.

Chama atenção também quem não se manifestou: Vla­dimir Putin, da Rússia, Xi Jingping, da China, Andrés Manuel López Obrador, do México, e Jair Bolsonaro, do Brasil – oficialmente, todos dizem que estão aguardando o resultado da disputa judicial nos Estados Unidos.

Saúde
Biden também criticou o caso que está sob análise da Suprema Corte que questiona o Obamacare – o processo foi movido por líderes republica­nos que pretendem desmon­tar o legado do ex-presidente Barack Obama, com apoio de Trump. Os magistrados come­çaram a analisar a legalidade do programa que ampliou a cobertura para mais de 20 mi­lhões de americanos.

Para o democrata, o siste­ma de saúde “não precisa ser tema de disputa política”. “Para muitos americanos, isso é uma questão de vida e morte, literal­mente”, disse. “Eu não sou ingê­nuo e sei que o acesso à saúde é um assunto que dividiu os americanos no passado. Mas a verdade é que o povo está mais unido do que dividido sobre esse tema hoje”, afirma.

No tribunal, a maioria dos magistrados parecia propensa a manter a maior parte do Af­fordable Care Act (Obamaca­re). Dois juízes conservadores importantes – John Roberts e Brett Kavanaugh – concorda­ram que a obrigação de adqui­rir um plano de saúde pode ser retirada do restante da lei, mas ela não precisa ser totalmente derrubada. A decisão definiti­va, no entanto, só deve sair no ano que vem.

Já o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, apoiou as alegações do presi­dente Donald Trump de que ele venceu a eleição Em cole­tiva de imprensa na terça-feira (10), Pompeo ignorou resulta­do das urnas, não reconheceu a vitória de Joe Biden e garantiu que haverá uma transição pací­fica de poder para um “segun­do governo Trump”.

A Casa Branca tem se ne­gado a facilitar a transição de poder, diante da insistência do presidente em dizer que houve fraude generalizada na votação e afirmar que os tribunais reconhecerão a ile­galidade dos votos a favor de Biden. No entanto, não há até o momento nenhuma ação na Justiça com argumentos bem embasados para reverter o re­sultado da eleição.

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