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19 de abril de 2024 | 13:16
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Jornalistas da região produzem série sobre coronavírus

João Camargo

Desde o dia 7 de maio de 2020, a série documental “A tirania da minúscula coroa: Covid-19” tem sido divulgada pelo canal Via d’Idea, no You­tube. Produzida inteiramente pelo celular e elaborada pelos jornalistas Gustavo Girotto, Ricardo Sartori e Juliano Sar­tori, naturais de Taquaritinga, na região de Ribeirão Preto, a produção aborda o novo coronavírus em várias áreas, como, por exemplo, da saúde, da arte e do esporte.

Gustavo Girotto acredita que, neste período, é importante pro­duzir algo que combata a indústria da
desinformação

De acordo com Girotto, a ideia da série surgiu após ter sido convidado para fazer um quadro em uma rádio no inte­rior, com base em entrevistas pelo celular. “Com esse ma­terial, procurei os irmãos Ju­liano e Ricardo Sartori – que são grandes especialistas em construções de séries e edição de vídeos. Para minha felicidade, eles entraram arfando em mar revolto, toparam o desafio e assim nasceu a série documental”, comentou.

Ricardo Sartori diz acreditar que, neste momento, todo talento deve ser doado para causas que aju­dem a população

Ricardo Sartori, que fi­cou encarregado da direção de arte do material produzi­do, comentou que, quando surgiu a ideia de produzir o documentário, o desafio foi aceito na hora. “Quan­do o Girotto sugeriu a ideia e o propósito, que é levar informação de qualidade e conscientização, aceitamos o desafio da parceria. Acredi­tamos que, neste momento, todo talento deve ser doado para causas que ajudem a po­pulação nessa dura travessia. Foram horas de dedicação para alcançar esse resultado”.

Para Juliano Sartori, a produção do documentário foi inspirada na dinâmica de transformar o conteúdo em capítulos de uma série documental

Segundo Juliano Sartori, que dirigiu toda a roteiriza­ção da série, a produção do documentário foi inspirada na dinâmica de transformar o conteúdo em capítulos de uma série documental, que cresce a cada episódio em uma lógica de time line. “A narrativa jornalística diante dos fatos, cercada de depoi­mentos de grandes nomes de cada área, aliado a essa edição dinâmica, são os pontos fortes da produção. É uma forma de devolver para a sociedade, por meio de um trabalho voluntá­rio, o que gostamos de fazer: gerar conteúdo que provoque transformação. Democratizar conteúdo de qualidade, neste momento, que ajudem a miti­gar riscos deste inimigo invi­sível, é essencial”, explicou.

Vacina contra as fake news

Girotto acredita que no Brasil, durante a pandemia, está sendo feito um grande esforço para tentar desacredi­tar os cientistas. O que, para ele, é um erro “abissal”. Nesse sentido, pelo fato de sua série ter o teor de informar o es­pectador sobre os diferentes impactos que o coronavírus gera na sociedade, o docu­mentário criado seria uma espécie de vacina contra a de­sinformação.

“Queremos reconectar as pessoas com boas informações. Acredito que todo mundo descobriu que existe uma câmera no celular e que, cada um em sua área, pode produzir algo de bom para a sociedade – até para tentar desarticular uma das indústrias mais bem-suce­didas do país: a da desinforma­ção”, relatou Girotto.

Na mídia

Após a publicação de seus episódios, que, de acordo com Girotto, têm uma perio­dicidade de cerca de dez dias, diversos jornais têm repercu­tido a série. Entre eles estão Estadão, Folha de S.Paulo, Uol, Diário de Pernambuco, Correio Braziliense, Lance! e muitos outros.

Até a publicação desta matéria, já foram lançados oito episódio. O mais recente deles traz depoimentos, basti­dores e análises de importan­tes juristas, como o de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, o mi­nistro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o de Carlos Eduar­do Sobral, delegado federal e ex-presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF).

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