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29 de março de 2024 | 4:08
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Alice Garrefa foi morta em agosto de 2020 e acusado foi condenado a 16 anos de prisão (Foto: Redes Sociais/Reprodução)
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Júri condena réu a 16 anos por morte da maquiadora Alice Garrefa

Defesa disse que vai recorrer da pena definida após nove horas de julgamento

Por: Adalberto Luque

O Tribunal do Júri concluiu, no final da noite desta quinta-feira (05) o julgamento do corretor de seguros José Martins Ayres Júnior, acusado pela morte da transexual Alice Garrefa, de 25 anos, ocorrido no dia 21 de agosto de 2020.

Depois de quase nove horas de julgamento, o júri considerou o réu culpado por homicídio qualificado, por motivo torpe, recurso que impossibilita a defesa da vítima e asfixia. Diante do veredito, o juiz determinou que o réu seja condenado a 16 anos de prisão em regime fechado.

Ayres Júnior está preso há um ano e meio. Para requerer a progressão da pena, neste caso, por se tratar de homicídio qualificado, ele teria que cumprir seis anos e quatro meses. Assim, por já estar preso, em menos de cinco anos ele poderá requerer a progressão e cumprir parte da pena em regime semiaberto e posteriormente em liberdade condicional.

Após o julgamento, a defesa afirmou que pretende recorrer da pena e ingressar com pedido para que ele possa aguardar o recurso em prisão domiciliar. A defesa alega que ele tem saúde fragilizada, uma vez que sofreu dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) na prisão.

O caso

Alice era moradora da cidade de Sertãozinho e trabalhava como maquiadora, quando desapareceu no dia 03 de agosto. Ela passava alguns dias na casa de um amigo, no Centro de Ribeirão Preto.

De acordo com a investigação, a jovem tinha um relacionamento com Júnior, que residia em Florianópolis (SC), e já havia sido ameaçada de morte por ele, supostamente por conta de uma dívida de R$ 5 mil que contraiu quando moraram juntos.

Segundo boletim de ocorrência registrado no dia 04 de agosto, o suposto companheiro teria marcado um encontro com a jovem em um motel de Ribeirão Preto.

A investigação da Polícia levantou que Júnior teria contratado uma pessoa para marcar esse encontro com a vítima, sem que ela soubesse da presença do suspeito.

Alice aceitou o convite e ficou cerca de 10 minutos com ele dentro do estabelecimento. Após o encontro, ela saiu em um carro e não foi mais vista até seu corpo ser encontrado no Rio Piracicaba, no dia 9 de agosto.

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