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28 de março de 2024 | 17:04
Jornal Tribuna Ribeirão
MARCELLO CASAL JR./AG.BR.
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Economia

Juros do cartão caem para 275,7% ao ano

Os consumidores que ca­íram no rotativo do cartão de crédito pagaram juros um pou­co menos caros em outubro. A taxa média recuou 3,4 pontos percentuais em relação a se­tembro, chegando a 275,7% ao ano. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta quar­ta-feira, 28 de novembro. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adim­plentes e inadimplentes.

No caso do consumidor adimplente, que paga pelo me­nos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 253,2% ao ano em outubro, recuo de 6,7 pontos percentuais em relação a setembro. Já a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pa­gamento mínimo da fatura (rota­tivo não regular) caiu 1,1 ponto percentual, indo para 291,1% ao ano. O rotativo é o crédito to­mado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias.

Após esse prazo, as insti­tuições financeiras parcelam a dívida. Em abril, o Conselho Monetário Nacional (CMN) de­finiu que clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passem a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regula­res. Essa regra entrou em vigor em junho deste ano.

Mesmo assim, a taxa fi­nal cobrada de adimplentes e inadimplentes não será igual porque os bancos podem acres­centar à cobrança os juros pelo atraso e multa.

Cheque especial
Já a taxa de juros do cheque especial caiu 1 ponto percen­tual em outubro, comparada a setembro, e está em 300,4% ao ano. Assim continua a ser a me­nor taxa desde março de 2016, quando estava em 300,8% ao ano. As regras do cheque espe­cial mudaram em julho. Segun­do a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes que utilizam mais de 15% do li­mite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira.

As taxas do cheque especial e do rotativo do cartão são as mais caras entre as modalidades ofe­recidas pelos bancos. A do cré­dito pessoal não consignado é mais baixa: 126% ao ano em ou­tubro, mesmo com o aumento de 3,8 pontos percentuais em re­lação a setembro. A taxa do cré­dito consignado (com desconto em folha de pagamento) recuou 0,1 ponto percentual, indo para 24,3% ao ano em outubro. A taxa média de juros para as fa­mílias caiu 0,1 ponto percentual em outubro para 51,9% ao ano. A taxa média das empresas se manteve em 20,4% ao ano.

Inadimplência
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, caiu 0,1 ponto percentual e ficou em 4,9% em outubro. No caso das pessoas jurídicas, o indicador ficou estável em 3%. Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para em­prestar o dinheiro captado no mercado. De acordo com o Ban­co Central, a inadimplência das famílias (pessoas físicas) conti­nua no menor nível histórico, desde a série iniciada pelo Ban­co Central em março de 2011. A explicação são os programas de refinanciamentos e repactua­ções de dívidas em atraso.

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