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28 de março de 2024 | 13:09
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Justiça pode soltar ‘atirador do cinema’

Agência Estado

Preso há 20 anos, após ma­tar três pessoas e ferir outras quatro, com uma submetra­lhadora, dentro de uma sala de cinema do MorumbiShopping, na Zona Sul de São Paulo, no dia 3 de novembro de 1999, durante uma sessão de “Clube da Luta”, o ex-estudante baiano Mateus da Costa Meira pode ser solto pelo Tribunal de Jus­tiça da Bahia (TJ-BA).

A medida tem como base o resultado de dois recentes exames médicos e psicológi­cos que teriam atestado que Meira não apresenta mudan­ças de comportamento, estan­do apto à “desinternação”, para conviver em sociedade. O Mi­nistério Público da Bahia (MP­-BA) acompanha o caso com preocupação.

No dia 9 de agosto, o pro­motor de Justiça Antônio Villas Boas Neto solicitou à Justiça que determine a realização de novos exames de verificação de cessação de culpabilidade. Por se tratar de questão priva­da relativa à saúde do preso, o MP informa que não pode se manifestar quanto ao resulta­do dos exames anteriores.

Para Villas Boas Neto, a sa­ída de Mateus da Costa Meira deve ser gradativa e realizada com o devido acompanha­mento, como nos demais casos de desinternação. Mateus foi condenado a 48 anos e nove meses de prisão em regime fe­chado. Em 2009, cumprindo pena em Salvador, ele tentou matar, a golpes de tesoura, um companheiro de cela, o espa­nhol Francisco Vidal Lopes.

Dois anos depois, por deci­são da 1º Vara do Tribunal do Júri de Salvador, respaldada em laudo que apontou esquizofre­nia, ele foi considerado inim­putável, e transferido para um hospital psiquiátrico, onde per­manece. A reportagem tentou contato com a defesa de Meira, mas não obteve retorno até a pu­blicação deste texto.

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