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19 de abril de 2024 | 6:06
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Larga Brasa

Mudanças de hábito
Há tempos distantes, quando o município detinha o serviço de telefonia, houve um superintendente, que ao assumir, foi acio­nado por alguns departamentos daquele órgão municipal, que demonstravam preocupação com um funcionário. Com aquele servidor antigo eles não queriam trabalhar por duvidarem de al­gumas atitudes. À época não havia telefonia celular e o telefone fixo era de difícil acesso, uma vez que as ligações dependiam da rede física com cabos caros e derivantes complicadas.
As chamadas “caixinhas” onde os aparelhos eram ligados com as centrais possuíam 11 pares e terminado o preenchimento não havia como ligar setores importantes, com médicos, au­toridades do Judiciário e outros.
Os colegas sabiam que aquele profissional sempre “dava um jeito”. Ele sumia nos postes, desligava o chamado par e dei­xava na espera. Quando aparecia alguém que necessitasse de uma ligação, no “por fora”, ele fazia o serviço.
Ninguém queria tê-lo como parceiro.

O novo chefe
O novo chefe chamou este funcionário rejeitado, e com um passivo de ações que os colegas conheciam, perguntou a ele por quais razoes ele agia daquela forma. Ele elencou suas difi­culdades para comprar uniformes para os filhos, mostrou sua botina com buracos imensos, etc.
O superintendente solicitou a sua secretaria que comprasse os uniformes, com dinheiro seu , materiais escolares que es­tavam na lista de dificuldades também foram adquiridos. O funcionário demonstrou estar feliz ao não ser despedido e pela ação do chefe.
A maior surpresa foi de a superintendência colocá-lo em uma cadeira ao lado do escritório principal.

Ninguém entendeu
Os colegas não entenderam a medida e ficaram atentos para saber como se comportaria o antigo e conhecido “quebra ga­lho”. O cidadão se colocou em brios e passou a colocar os téc­nicos a par dos locais onde ele havia feito a desativação dos “pares” para ligação dos telefones e as emergências técnicas justificadas passaram a ser atendidas por ele próprio que, pelo menos durante o período em que aquele nomeado esteve a frente do setor de telefonia foi excelente e correto funcionário.

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