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29 de março de 2024 | 1:57
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Política

Legislativo retoma CEE do Bom Prato

A Comissão Especial de Es­tudos do Bom Prato está de volta. Desta vez, com um propósito di­ferente: fiscalizar a implantação da segunda unidade do restaurante na rua Capitão Pereira Lago nº 1.605, no bairro Monte Alegre. A decisão de retomar os tra­balhos partiu do vereador Igor Oliveira (MDB), que presidiu a CEE em sua primeira fase. Se­gundo o parlamentar, em 2017 a comissão trabalhou muito para trazer a segunda unidade para Ribeirão Preto. “Fizemos várias diligências, ouvimos auto­ridades relacionadas ao assunto, conseguimos em um prazo de 20 mais de 40 mil assinaturas para o abaixo-assinado em prol da causa e, em novembro de 2017, nove meses após a abertu­ra da CEE, a população foi agra­ciada com a notícia da vinda do restaurante”, afirma.

Entretanto, o parlamentar garante que a prefeitura não cumpriu o cronograma e extra­polou o prazo para a instalação do equipamento por duas vezes. O requerimento para o desar­quivamento da CEE foi votado na sessão ordinária de quinta-feira, 7 de fevereiro, e aprovado por unanimidade. A comissão tem a participação de Igor Oli­veira (presidente), Jean Corauci (PDT) e Adauto Honorato, o “Marmita” (PR). No total, a pri­meira fase teve duração de 248 dias e terminou em dezembro de 2017 depois de então gover­nador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar a segunda unidade, em 24 de novembro.

O primeiro relatório mos­trou que, em 2017, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto atendeu mais de 700 mil pesso­as. Mais de 40 mil assinaturas foram obtidas junto à população e anexadas ao processo. Outra conquista foi a doação, por par­te da Universidade de São Pau­lo (USP), de um terreno para a construção do Bom Prato. A área fica na rua Tenente Catão Roxo, próxima do novo estacio­namento construído pelo HC.

Porém, o local foi ignorado e um salão foi apresentado pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) como viável para a ins­talação do restaurante. O fato não agradou os membros da comissão que prontamente se manifestaram contra a decisão. O local escolhido fica a mais de um quilômetro do hospital e di­ficulta o acesso dos pacientes.

Em novembro do ano pas­sado, a comissão de seleção da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo definiu o Instituto Protagonista como organização da socieda­de civil (OSC) responsável para administrar a nova unidade do restaurante Bom Prato. O valor global para a execução da parce­ria é de R$ 3.429.007,87, dos quais R$ 2.376.162,00 correspondem a repasses da pasta (ou 69,3%), ou­tros R$ 715.855,87 à contrapartida da prefeitura de Ribeirão Preto (20,9%) e R$ 336,99 mil de paga­mentos realizados pelos usuários do programa (9,8%).

De acordo com o edital, deve­rão ser fornecidos 1.400 almoços diariamente, dos quais 140 para crianças com até seis anos de idade e 1.260 para adultos, de segunda a sexta-feira, exceto aos feriados. O valor pago pelos usuários será de R$ 1 e as crianças até seis anos es­tarão isentas. Também está previs­to o fornecimento de 300 cafés da manhã diários, a R$ 0,50 para os usuários. O custo total do almoço será de R$ 5,70 e do café da manhã R$ 1,96. A diferença entre o preço pago pelo usuário e o valor total das refeições será subsidiado pela esfera pública.
O Bom Prato do Centro, na rua Saldanha Marinho nº 765, serve diariamente 2.050 refeições, sendo 1.750 no almoço a R$ 1 e 300 no café da manhã, a R$ 0,50. A entidade responsável pela uni­dade é Associação Espírita Casas de Betânia. Desde sua inaugu­ração, em novembro de 2005, o restaurante já atendeu mais de 4,6 milhões de pessoas. A rede de res­taurantes serve diariamente mais de 100 mil refeições, entre almoço e café da manhã.

O almoço, com 1.200 calorias, feito de arroz, feijão, salada, legu­mes, farinha de mandioca, um tipo de carne, pãozinho, suco e sobremesa (geralmente uma fruta da época). Já o café da manhã tem leite com café, achocolatado ou io­gurte, pão com margarina, requei­jão ou frios e uma fruta da estação. A refeição tem 400 calorias em média. O serviço foi implantado em todos os restaurantes do Esta­do em setembro de 2011. Desde a implantação do Programa Bom Prato, foram servidas quase 200 milhões de refeições.

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