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18 de abril de 2024 | 11:28
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Maneiras de voar em São Pedro

Na Estância Turística de São Pedro, no interior de São Paulo e distante aproximadamente 180 km de Ribeirão Preto, é fácil re­alizar o sonho humano de voar. São três modalidades que estão ao alcance dos turistas, mesmo os to­talmente inexperientes com aven­tura no ar: parapente, asa delta e balão, atividades em que a natu­reza é a protagonista duplamente. Isso porque dependendo do ven­to, pode ocorrer um contato visual com a deslumbrante paisagem da Serra do Itaqueri, que molda o município. Única cidade na região com parque de voo livre, e escolas e instrutores homologados, São Pedro é o lugar para tirar do papel o antigo do sonho e, finalmente e literalmente, voar.

Balões proporcionam belo visual na Estância de São Pedro

Até quem prefere manter os pés no chão consegue experi­mentar um pouquinho da sensa­ção de ter asas. É que São Pedro acaba de inaugurar uma escul­tura instagramável no Parque Municipal de Voo Livre “Celso Gonçalves Fonseca”, ao lado de uma das rampas de decolagem de parapente e asa delta. A escul­tura, do artista plástico Lajur, é de um parapente de cinco metros de largura por três metros de altu­ra e está fixada em um mirante. Com asas de fibra de vidro e aço, foi projetada especialmente para o visitante acomodar-se como se estivesse em um parapente de verdade, explica a secretária de Turismo, Clarissa Quiararia.

Como as asas da escultura estão posicionadas em diagonal com o mirante, na foto a sen­sação é de profundidade. Mais ainda se, na hora, houver pilotos decolando seus parapentes na rampa. Para conseguir o post perfeito para as mídias sociais, a dica é ir aos finais de semana, por volta da hora do almoço, quando as térmicas geralmente oferecem as condições ideias para voo livre.

“Só acompanhar as decola­gens, com aquela movimentação gostosa num lugar tão bonito, em contato com a natureza, já é um passeio. Agora, com a escultura, a gente faz a foto e aguça a vontade de voar de verdade”, completa a secretária de Turismo. O Parque Municipal de Voo Livre “Celso Gonçalves Fonseca” é um dos atrativos turísticos de São Pedro. Lá, está o Bar da Rampa, uma estrutura preparada para receber turistas e pilotos e onde geral­mente ficam os acompanhantes de quem vai fazer voo livre.

Instagramável: asas da escultura estão posicionadas em diagonal com o mirante, na foto a sensação é de profundidade

Para turista, voo duplo
Quem não é piloto de para­pente ou asa delta pode expe­rimentar a sensação de flutuar nas térmicas no chamado voo duplo, em que a pessoa vai no equipamento na condição de passageiro e o comando é todo do instrutor. Para a segurança do passeio é importante, sem­pre, se assegurar que o piloto é um instrutor homologado, frisa Wanessa Martins, que é associa­da ao Clube São Pedro de Voo.

Para agendar um voo livre com instrutor homologado, o interessado deve entrar em con­tato com o Clube São Pedro de Voo, que vai passar o contato de um disponível para a data pre­tendida. Um dia antes da data, havendo boas condições climá­ticas, o instrutor confirma o voo. O preço de um voo duplo é em torno de R$ 250 e dura de 15 a 20 minutos, dependendo das con­dições climáticas do dia. Já está incluso no preço o resgate após o pouso e retorno para a rampa.

Balonismo
Espaço aéreo livre e o ce­nário contemplativo do alto, formado por relevos, flores­tas e lagos, são a combinação perfeita que faz de São Pedro lugar ideal para a prática do balonismo. Na Estância de São Pedro, os balões têm ca­pacidade para até seis pessoas, conta o empresário Feodor Nenov, que há 20 anos leva passageiros para as alturas.

A decolagem é feita sempre ao amanhecer e dura cerca de uma hora. O voo para grupo de 6 pessoas custa R$ 3.240. Já para duas pessoas, o passeio romântico, sai por R$ 2.200.

O interessado deve agendar o voo de balão com antecedência. A confirmação do passeio, no entanto, só ocorre na véspera por­que o voo depende das condições climáticas. Em São Pedro, há tam­bém, a possibilidade de voo cativo, em que o balão fica preso ao chão por uma corda. E Feodor também tem um dirigível, que é utilizado em eventos e apresentações.

Quem não é piloto de parapente ou asa delta pode experimentar a sensação de flutuar nas térmicas no chamado voo duplo

A tradição do voo livre
O voo livre é uma tradição de São Pedro desde 1979, quando a cidade realizou o seu primeiro campeonato de voo livre na modalidade asa delta. Desde então, todos os finais de semana fissurados pelo esporte colorem os céus da cidade com suas asas. Em meados de 1996 começaram a aparecer os primeiros para­pentes, que hoje dominam a cena do voo livre em São Pedro, conta o piloto Luiz Roberto Osório Baum.

Para se ter ideia da importância do esporte na cidade, o Clube São Pedro de Voo Livre tem cerca de 200 pilotos associados e vários deles são instrutores homologados para fazer voo duplo.

“Nos últimos anos, antes da pandemia, sediamos grandes eventos do esporte, incluindo etapas de campeonatos esta­duais com excelentes pilotos. E realizamos eventos com grande apelo público, como o voo a fantasia, em que os pilotos e seus parapentes são fantasia­dos como, por exemplo, de Pe­nélope Charmosa. É muito legal ver no céu as fantasias mais inusitadas. Agora, com flexibi­lização das normas sanitárias, vamos retomar os eventos”, completa.

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