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20 de abril de 2024 | 2:36
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Mortes no trânsito caem na pandemia em Ribeirão Preto

O número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito caiu 1,8% em Ribeirão Preto, em oito meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2019, mas a queda no período mais severo da quarentena, entre abril e agosto, foi de 43,9%, segundo o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP).

Na comparação entre os dois períodos de cinco meses – de abril a agosto –, a quantidade de vítimas fatais recuou de 41 em 2019 para 23 neste ano, 18 a menos. Já em oito meses foram 54 óbitos no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado –, contra 55 em 243 dias do exercício anterior, uma a menos em 2020.

Neste ano, foram dez mortes em janeiro, onze em fevereiro, dez em março, apenas três em abril, seis em maio, seis em junho, cinco em julho e três em agosto. Nos cinco últimos meses a quarentena imposta pelos decretos de isolamento social já estava mais severa. Em agosto desde ano houve queda de 57,1% e quatro óbitos a menos do que os sete do mesmo período de 2019, mesmo com o isolamento social.

Nos primeiros 31 dias do ano passado foram cinco falecimentos, mas dois no segundo, sete no terceiro, oito no quarto, onze no quinto, doze no sexto, três no sétimo e sete no oitavo. Trinta motociclistas morreram entre 1º de janeiro e 31 de agosto, mais da metade das vítimas fatais (55,6%). Dez eram pedestres (18,5%), sete estavam de bicicleta (13%), seis de carro (11,1%) e uma não foi definida (1,8%).

A média é de aproximadamente uma morte a cada quatro dias. A maioria das vítimas chegou a ser socorrida – 29 pessoas (53,7%) foram levadas para hospitais e unidades de saúde, mas não resistiram aos ferimentos – e 25 morreram no local dos acidentes (46,3%).

Quarenta e cinco das vítimas eram homens (83,33%) e nove, mulheres (16,67%). A maioria tinha entre 45 e 54 anos (13) ou eram jovens com idades entre 18 e 29 anos (dez). Mais onze estavam nas faixas entre 55 e 64 anos, nove entre 35 e 44 anos e seis de 75 e a 80 anos ou mais. Três tinham entre 30 e 34 e mais duas entre 65 e 74 anos.

As mortes ocorreram em colisões (23 casos), choques (sete), outros tipos de acidentes (onze) e atropelamentos (dez), além de três casos com informação não disponível. O número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito recuou 15,2% em Ribeirão Preto no ano passado, na comparação com 2018, segundo o Infosiga-SP.

Foram 78 óbitos no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado – em 2019, com média de seis mortes por mês, uma a cada cinco dias. Em 2018, foram registradas 92 mortes, 14 a menos, com média mensal de quase oito casos, perto de uma vítima fatal a cada quatro dias.

Segundo o Infosiga-SP, no ano passado Ribeirão Preto registrou cinco mortes em janeiro, duas em fevereiro, sete em março, oito em abril, onze em maio, doze em junho, três em julho, sete em agosto, mais sete em setembro, oito em outubro, três em novembro e cinco em dezembro. A maioria das vítimas de 2019 era de motociclistas: 40 morreram nas vias da cidade, ou 51,3% do total.

Dezoito pedestres – ou 23,07% – também faleceram no perímetro urbano de Ribeirão Preto. Catorze estavam de carro, caminhão, ônibus ou outro meio de transporte não definido (17,95%), três eram ciclistas (3,84%) e três não foram identificados (3,84%). Sessenta e quatro eram homens – ou 82,5% – e 14, mulheres (ou 17,95%). Foram 27 colisões (34,61%), 21 atropelamentos (26,92%), 15 acidentes de outros tipos (19,24%), onze choques (14,1%) e quatro não disponíveis (5,13%)

JF Pimenta/ Arquivo
Trinta motociclistas morreram entre 1º de janeiro e 31 de agosto

Acidentes sem mortes
também recuam 22,5%
O número de acidentes sem vítimas fatais em Ribeirão Preto recuou 22,5% durante a quarentena imposta pela pandemia de coronavírus, entre abril e agosto deste ano, em comparação com o mesmo de 2019. Baixou de 1.728 para 1.339, ou seja, 389 ocorrências a menos.

Em oito meses, a queda é de 16%. Foram 2.604 acidentes entre janeiro e 31 de agosto de 2019 contra 2.186 em 243 dias deste ano, 389 a menos. A média diária baixou de dez para nove. Em 2020, a cidade registra um caso a cada duas horas e 40 minutos.

A cidade registrou 267 acidentes em janeiro deste ano, mais 324 em fevereiro, 256 em março, 193 em abril, 237 em maio, 291 em junho, 296 em julho e 322 em agosto. No mês passado, houve queda de 8,5% em comparação com os 352 do mesmo período de 2019, ou 30 ocorrências a menos.

Neste ano, 1.974 acidentes sem vítimas fatais ocorreram em vias municipais (90,33%) e 203 em rodovias e vicinais dentro do perímetro urbano (9,32%) – as informações de nove casos não foram divulgadas (0,35%). No ano passado foram 3.956 ocorrências, 330 por mês, onze a cada dia.

O pico ocorreu em maio, com 376 casos, e janeiro foi o período com menor incidência, com 276 sinistros – os números são atualizados mensalmente. Os dados fazem parte da nova plataforma Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP), que antes só divulgava informações sobre óbitos na malha viária dos 645 municípios do Estado de São Paulo.

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