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19 de abril de 2024 | 16:08
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Mulher morre em MG com suspeita de contaminação

Uma mulher de 60 anos pode ser a segunda pessoa a morrer em Minas Gerais contaminada pela substância dietilenoglicol que, conforme investigação da Polícia Civil, foi encontrada em lotes da cerveja Belorizontina, produzida pela empresa Backer. A mulher é moradora de Pom­péu, na região central do Estado, e esteve em dezembro no bairro Buritis, na capital mineira, onde foram identificadas as primeiras contaminações. A morte ocor­reu em 28 de dezembro, mas as suspeitas de que seja mais um caso de contaminação só fo­ram reveladas nesta terça-feira, 14 de janeiro, em nota da pre­feitura da cidade.

A família da mulher infor­mou às autoridades de saúde que ela tomou a cerveja Belori­zontina. Os sintomas apresenta­dos pela mulher são os mesmos de outras pessoas que podem ter ingerido a bebida e passado mal, como problemas de ordem neurológica e insuficiência renal. Na nota, a secretária municipal de Saúde, Fernanda Guimarães Cordeiro, afirma que “compete às autoridades hierarquicamente superiores o desenrolar dos fatos”.

A primeira vítima a falecer com suspeita de contaminação pela substância foi um homem de 55 anos, morador de Ubá, na Zona da Mata, que também esteve em dezembro no bairro Buritis e consumiu a cerveja Be­lorizontina. A morte ocorreu em Juiz de Fora, no dia 7 de janeiro. A Polícia Civil voltou na manhã desta terça-feira à fábrica da Ba­cker, no bairro Olhos D’Água, região oeste da capital. Na se­gunda-feira (13), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas­tecimento, que já havia interdi­tado a planta, proibiu a Backer de comercializar seus produtos e mandou a empresa recolher toda sua produção no mercado.

Laudos da Polícia Civil apontaram a presença da subs­tância dietilenoglicol em três lotes da Belorizontina. Houve a confirmação ainda da presença de monoetilenoglicol na fábrica. Ambas substâncias são utiliza­das no processo de refrigeração da produção. Segundo a Polícia Civil, ambas são altamente tó­xicas. Atualização mais recen­te da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais afirma terem ocorrido até o momen­to 17 casos de intoxicação pelo dietilenoglicol. Do total, uma é mulher e 16, homens. Em en­trevista, a diretora de marke­ting e sócia-proprietária da Backer, Paula Lebbos, afirmou que ninguém deve consumir a cerveja suspeita de contamina­ção. “Não bebam a Belorizonti­na. Seja de que lote for”, disse.

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