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28 de março de 2024 | 12:29
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Cultura

Museu terá sarau de São João

Com o objetivo de fomen­tar o fazer artístico e o conhe­cimento cultural, o Museu Casa de Portinari, instituição da Secretaria da Cultura e Eco­nomia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Acam Portinari, realizará o curso de História da Arte com práticas de Ateliê para adultos acima de 18 anos, além de uma programação especial de festa junina online.

Na próxima quarta-feira, 23 de junho, a instituição dará início ao curso online “His­tória da Arte com Práticas de Ateliê” ministrado pelo artista plástico Miguel Angelo. Acon­tecerá às quartas-feiras, das 19 às 21 horas, com duração de três meses, pela plataforma Skype. Serão oferecidas, de forma gratuita, aos primeiros inscritos, 24 vagas para adultos acima de 18 anos.

Os materiais necessários para o desenvolvimento do programa serão de respon­sabilidade dos participantes. Para se inscrever e/ou tirar dúvidas, basta entrar em contato com o equipamento pelo WhatsApp (16) 98215- 1242. O museu e as institui­ções parceiras realizarão o 1º Sarau Musical Especial de São João – Edição Virtual, na quinta-feira (24), às 19h30.

Conheça os grandes clás­sicos do cancioneiro sertane­jo popular brasileiro, e as mú­sicas tradicionais das festas juninas pela dupla Ricardo & Tiago. No momento da trans­missão, pelo canal do Youtu­be @casadeportinari, partici­pe com doações pelo PIX do Lions Clube de Brodowski 49.158.157/0001-39. Toda a arrecadação será destinada às entidades participantes.

Para dar início à semana, na segunda-feira (21), conhe­ça as peças produzidas pelos artesãos de Brodowski, às dez horas. Colabore adquirindo os produtos, que são peças únicas. Candido Portina­ri (1903-1962) também fez poemas. Na terça-feira (22), encante-se com “Aparições”, escrito por ele em 1958. Será compartilhado nas mídias sociais às dez horas.

Já na quarta-feira (23), saiba o que José Cardoso Pires, escri­tor português, falou sobre o ar­tista de Brodowski. Acompanhe em um vídeo preparado pela equipe de educadores do museu. Na quinta-feira (24), terá conta­ção de história, às oito horas, so­bre uma das maiores manifesta­ções culturais brasileiras.

O espaço cultural de Bro­dowski abre de terça-feira a domingo nesta fase do Plano São Paulo, das onze às 16 ho­ras, com 40% da capacidade de ocupação, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária para seus funcio­nários e visitantes. Às segun­das-feiras, o espaço é fechado para manutenção e limpeza.

Fica na praça Candido Portinari nº 298, no Centro de Brodowski. Informações pelo telefone (16) 3664-4284. Antiga residência de Candi­do Portinari, em Brodowski, o Museu Casa de Portinari completou 51 anos em 14 de março. A Capela da Nonna completou 80 anos. As ativi­dades educativas e culturais e o tour virtual estão dispo­níveis de forma online pelas redes sociais (@museucasa­deportinari) e site oficial da instituição (www.museuca­sadeportinari.org.br/cultura­emcasa).

O artista e o museu
Candido Portinari
Filho de imigrantes italianos nascido em Brodowski, em 30 de dezembro de 1903, Candido Portinari manifestou sua vocação artística desde criança. Ao longo de sua carreira, pintou mais de cinco mil obras, entre elas os painéis “Guerra e Paz”, oferecidos pelo governo brasileiro à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos.
Morreu em 6 de fevereiro de 1962, aos 58 anos, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava. Criou desde pequenos esboços até grandes obras, murais e painéis. O artista foi o pintor brasileiro que conseguiu maior proje­ção internacional devido ao seu talento artístico e sua atuação no cenário cultural e político do Brasil.

O museu
Antiga residência de Candido Portinari, em Brodowski, o Museu Casa de Portinari representa a forte ligação do artista com sua terra natal, origens e laços familiares. É o local onde ele realizou suas experiências com pinturas murais e se aprofundou na técnica ao passar dos anos. Devido às várias obras em pintura mural nas paredes da casa e em uma capela nos jardins da residência, a preservação do conjunto tornou-se imprescindível.
O primeiro passo ocorreu em 9 de dezembro de 1968, quando a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio­nal (Iphan). No ano seguinte, o imóvel foi desapropriado e adquirido pelo governo de São Paulo e, em 22 de janeiro de 1970, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).
Com esforços da família do artista, do município e do Estado, o museu foi instalado e inaugurado em 14 de março de 1970. O complexo é constituído por uma casa principal, e anexos construídos em sucessivas ampliações. A simplicidade típica do interior é a maior característica do museu.
O acervo artístico do Museu Casa de Portinari constitui-se, principalmente, de trabalhos realizados pelo artista em pintura mural, nas técnicas de afres­co e têmpera, nas paredes da casa. A temática é predominantemente sacra, exceto as primeiras experiências do artista neste gênero.
O acervo também contempla uma coleção de desenhos, linguagem expressiva e significativa na produção de Candido Portinari, presen­te em todos os momentos de sua carreira. O museu ainda abriga objetos de uso pessoal, mobiliário e utensílios da família, sendo que alguns cômodos permanecem com suas funções originais e outros foram adaptados para salas de exposições.

Capela da Nonna
Candido Portinari mandou construir, em 1940, uma capela ao lado da casa da avó Pelegrina, que por conta da idade e problemas de saúde não conseguia se locomover até a igreja para orar. Nas paredes estão os santos prediletos da avó, retratados pelo artista com a fisionomia de amigos e parentes. A obra terminou em 1941. A Capela da Nonna é um dos principais espaços do Museu Casa de Portinari
No espaço estão São Francisco de Assis, Santa Luzia, São Pedro, São João Batista, a Sagrada Família, entre outras figuras sacras admiradas pela família. As imagens dos santos têm as formas de parentes e amigos de Portinari, uma tradição presente na pintura do século XV retomada pelo pintor, principalmente entre artistas flamengos e italianos.

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