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20 de abril de 2024 | 2:17
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Mutirões recolhem 59,5 toneladas de recipientes

O mutirão de limpeza contra o Aedes aegypti promovido no último sábado, 9 de novembro, com as ações concentradas nos jardins Presidente Dutra e Jan­daia, na Zona Norte de Ribeirão Preto, recolheu 59,5 toneladas de recipientes e objetos, como pneus, garrafas pet, entre outros, que poderiam servir de criadouros do mosquito transmissor da dengue e de outras doenças. A ação contou com uma equipe de mais de 100 pessoas, entre agentes de combate de endemias, servido­res, motoristas, coordenadores e supervisores de campo. Os mutirões de limpeza pro­movidos em Ribeirão Preto pela Secretaria Municipal da Saúde já recolheram, em pouco menos de dois meses, 59,5 toneladas de recipientes que poderiam acumular água parada e virar criadouro do mosquito Aedes aegypti. As ações, concentradas nas zonas mais epidêmicas da cidade, já visita­ram 43.620 imóveis de Ribeirão Preto e serão intensificadas nos próximos meses. No sábado foram visitados 4.620 imóveis e recolhidos 315 pneus, que foram encaminhados ao Ecoponto. Também foram recolhi­dos materiais como latas, garrafas, caixas, eletrodomésticos, materiais de construção, vasos sanitários e pias, todos potenciais criadouros do mosquito. O arrastão teve o suporte de nove caminhões. A direto­ra do Departamento de Vigilância em Saúde, órgão da Secretaria Municipal da Saúde, ressalta que o trabalho irá continuar nos próximos meses, já que é fundamental a retirada desses materiais antes do período de chuvas. “Alertamos a população que 80% dos criadouros do mosquito estão nas residências, portanto, pedi­mos, insistimos pela colaboração de todos, para que vistoriem suas casas toda semana e não deixem acumular água parada, principal­mente nessa época em que as chuvas serão mais frequentes. Somente assim iremos evitar a transmissão da dengue na cida­de”, alertou a diretora Luzia Már­cia Romagnoli Passos. O mutirão de limpeza irá continuar durante os próximos finais de semana. Desde 1º de janeiro e até 31 de outubro, Ribeirão Preto registrou 13.374 casos de dengue, 13.146 a mais do que os 228 dos nove primeiros meses de 2018, alta de 5.765%, cerca de 58 vezes superior em 304 dias de 2019. Os dados são Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde. A cidade também já tem três mortes por dengue hemorrágica confirmadas e luta para tentar conter o avanço da doença. Neste ano, dentre as já anunciadas vítimas do Aedes aegypti, 3.796 da Zona Norte, 3.749 são da Zona Oeste, mais 2.979 da Leste, 1.600 da Central, 1.249 da Sul e um sem identificação de distrito. Há ainda 22.169 casos sob investigação. A média é de quase 44 novos pacien­tes por dia. Parte é do sorotipo 2, que é mais forte e contra o qual a população não está imune. O número de vítimas do Aedes ae­gypti na cidade em 304 dias deste ano já é 4.835% superior ao total do ano passado, quando Ribeirão Preto contabilizou 271 ocorrências – são 13.103 pacientes a mais em 2019, ou 49 vezes superior. Neste ano, Ribeirão Preto registrou 254 casos de dengue em janeiro, 803 em fevereiro, 1.865 em março, 4.201 em abril, 4.547 em maio, 1.328 em junho, 247 em julho, 75 em agosto, 43 em setembro e onze em outubro. Foram registradas, até o dia 2 de novembro, 710 mortes por dengue este ano no Brasil, conforme novo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. O número é 5,4 vezes maior que as 132 mortes regis­tradas no mesmo período do ano passado. Outros 371 óbitos estão em investigação. O Estado de São Paulo já teve confirmados 256 óbitos este ano, segundo a pasta – no mesmo período de 2018, tinham sido apenas seis mortes. No País, no período, houve notificação de 1,5 milhão de casos prováveis de dengue, o que representa 716 casos a cada 100 mil habitantes. No ano passado, eram 223,9 mil casos – 107,4 por 100 mil. Em São Paulo, este ano, foram 442,2 mil, coeficiente de 963,1 casos por 100 mil morado­res. No mesmo período de 2018, eram 15,2 mil casos – 33,5 por 100 mil habitantes.

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