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28 de março de 2024 | 22:00
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O contador, o administrador e a governança corporativa

Este texto aborda apenas aspectos breves, gerais e pontuais a res­peito do elo entre o profissional da contabilidade, que “é o principal instrumento de prestação de contas da administração e de tomadas de decisão” (Fernandes, 2015, p. 43), da administração e a governan­ça corporativa, buscando enfatizar que pode haver uma relação efi­caz entre eles, pautada no planejamento, na legalidade, na confiança, na ética, na parceria, na sinergia e na comunicação plena e eficiente.

Uma empresa tem relacionamentos com uma série de públicos com exigência e interesses diversos e específicos, como clientes, for­necedores, governo, acionistas, bancos, funcionários, concorrentes, comunidade local e etc. Para atender às necessidades de informações destes públicos, os comunicados e relatórios fornecidos pelas entida­des devem ser muito bem elaborados e com transparência.

Aliás, creio que dentro da empresa isso também deve ocorrer, como por exemplo, a entrega de relatórios contábeis (gerenciais, de custos, societários e outros) para os gestores (que também integram o público de interesse). Assim, a primeira relação entre contadores e ad­ministradores surge aí, onde os profissionais da contabilidade devem com todo zelo, profissionalismo e transparência passar as informações aos administradores para análises e tomada de decisões e juntos faze­rem e serem responsáveis pelas publicações dos relatórios contábeis.

Governança corporativa “é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo as práticas e os re­lacionamentos entre proprietários, conselho de administração, direto­ria e órgãos de controle” (IBGC, 2015, disponível em:http://www.ibgc. org.br). Assim, “as boas práticas de Governança Corporativa conver­tem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade”. (IBGC, 2015, disponível em: http://www.ibgc.org.br). Ou seja, é a forma apri­morada de como uma empresa deve ser gerida ou administrada com base em políticas, leis, costumes, relacionamentos (com os diversos públicos interessados e outros), processos, objetivos e etc.

Hoje as empresas buscam maiores e melhores relacionamen­tos, imagem, posicionamento, parcerias e estratégias; as empresas buscam melhorias nos seus aspectos de governança. O mercado e seus participantes (em termos globais) têm exigido competência, transparência, qualidade, responsabilidade (inclusive na prestação de contas) e credibilidade das entidades.

Acredito que isso vem de encontro com uma maior atenção coma governança das mesmas.
Uma forma do público analisar e conhecer uma empresa é atra­vés das suas publicações, sejam financeiras ou outras, que lhe dão subsídios para tomada de decisões. Importante compreender que estes relatórios, de acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico da Contabilidade, não visam atender propósitos específicos de determinados grupos de interessados, mas sim fornecer informações consideradas úteis para uma melhor tomada de decisão dos usuá­rios, satisfazendo assim as necessidades mais comuns dos mesmos (Pronunciamento Conceitual Básico, 2015, disponível em:http://sta­tic.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf).

Com o exposto no parágrafo anterior, fica clara a importância de tais relatórios serem claros, transparentes, confiáveis, úteis e muito bem formatados e elaborados; reforçando assim a preparação dos con­tadores para levantamento de dados, análise das informações e pres­teza na elaboração dos relatórios e na colaboração e participação na gestão das entidades. Igualmente a preparação, zelo, responsabilidade, dinamismo, ética e transparência dos administradores de empresas na condução e gestão dos seus negócios, na preservação dos interesses a eles confiados, na solução de conflitos e no envolvimento de todos (gestores, sócios, executivos, investidores e outros) na governança.

Sendo assim ambos, contadores e administradores, podem cola­borar, incentivar e promover uma melhor regência corporativa.

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