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29 de março de 2024 | 9:12
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Ciência e Tecnologia

O nascimento de um buraco negro soa como o piar de um pássaro

O piar de um pássaro. É assim que soa o nascimento de um buraco negro. A descoberta foi feita por físicos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA. Um estudo publicado na revista Physical Review informa que eles ouviram o ruído pela primeira vez.

Segundo os especialistas, esses resultados podem comprovar a teoria da relatividade do físico alemão Albert Einstein. Para ele, quando um buraco negro surge — da colisão de outros dois de grande massa —, ele deveria vibrar após o choque e produzir ondas gravitacionais. A partir dessa oscilação seria possível obter informações sobre sua massa e sua trajetória.

A pesquisa avaliou dados coletados há 4 anos, quando cientistas americanos identificaram ondas gravitacionais após a colisão de buracos negros. O uruguaio Maximiliano Isi, um dos autores do estudo, diz que foram detectados sinais em várias frequências e que eles desaparecem em momentos diferentes, como os acordes de uma música. “Cada frequência ou tom corresponde a uma frequência vibracional do novo buraco negro”, explica.

A descoberta fortalece, ainda, outra teoria: segundo o físico americano John Wheeler, os buracos negros são carecas. Isso porque, apesar de serem corpos massivos de grande força gravitacional, eles têm apenas três propriedades: massa, rotação e carga elétrica. Todas as outras características (o cabelo) seriam, então, engolidas por ele e não poderiam ser observadas.

Em nota, Isi explica que, pela primeira vez, foi possível confirmar como a teoria da relatividade geral acontece. Embora todos acreditem que a proposição esteja correta, somente agora os especialistas tiveram sucesso em uma tentativa de medir o teorema das equações de Einstein-Maxwell.

 

Via: G1

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