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28 de março de 2024 | 9:04
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O ódio é uma erva daninha que resiste ao tempo

Dizem que só o amor constrói, no entanto a pala­vra amor muitas vezes é usada para justificar o ódio e a prática de crimes hediondos. Os assassinatos de mulheres eram justificados como um ato de grande amor, praticado por homens apaixonados, como se o amor fosse algo tão mesquinho. O bem e o mal estão no âmago do ser humano desde o seu aparecimento no Planeta Terra, mas a força do ódio suplanta os benefícios da paz e da harmonia que o amor proporciona.

O ser humano, como ser humano, só evoluí em tempos de paz, pois a paz libera o imaginário e os sonhos, e neste ambiente o amor encontra espaço para crescer. Quando es­tamos em paz o mal e o ódio se encolhem, mas não desis­tem é só o ambiente ficar obscurecido por atitudes desu­manas, para que o mal floresça e o ódio domine as atitudes da maioria. Os tempos de paz se refletem na criatividade humana, principalmente nas artes, e é por isso que para se afirmar o mal e o ódio atacam com tanta virulência as expressões artísticas.

O momento de trevas que o Brasil vive atualmente, com as pessoas expressando abertamente seus ódios contra seus semelhantes, mostra que é mais fácil odiar do que amar. A história humana nos mostra que os grandes vilões tinham o poder do convencimento, e através de palavras odiosas e preconceituosas, conduzia a massa humana como gado a caminho do matadouro, e o resultado produzido pela alie­nação dessa massa foi o desastre humanitário ocorrido no mundo na primeira metade do século passado, e no Brasil até o meadosdos anos 1980.

Nas terras tupiniquins, a história é sempre escamotea­da, pois a realidade é coberta pelo manto coloridoda desfa­çatez, que é cuidadosamente colocado por aqueles que se aboletam do poder, e com isso não permitem que a podri­dão mostre a sua face, e como diz o ditado: “aquilo que os olhos não veem o coração não sente”. A segregação edu­cacional é algo visível e palpável, pois de um lado a escola básica pública sucateada, e do outro a escola privada, que ostenta, mas não educa, e está dicotomia mantem o País em um atraso permanente.

O discurso do ódio, que se esparramou com uma faci­lidade espantosa pelo território brasileiro a partir de 2013, não atingiu somente os oriundos das escolas públicas, que são os pobres, que na visão dos pseudos intelectuais, são gente desprovidas de conhecimentos, atingiu também os “bem formados” pertencentes a classe dominante. O que se vê atualmente mostra que a educação brasileira, no geral produziu uma infinidade de analfabetos funcionais, e o mais grave de tudo é que muitos possuem graduação.

O conhecimento liberta, e mostra que não há caminho para a evolução humana, que não seja através da paz e do amor, no entanto vivemos a proliferação do ódio, que se não for estancado vai fecha todos os caminhos. Aprender com as experiências de outros povos é um caminho mais louvável, mas o caminho de ódio que estamos percor­rendo vai nos levar para experiências traumáticas, pois o incentivo do presidente de plantão para que se desrespeite a Constituição,que se afrontem os poderes constituídos, e o armamento da população vai provocar uma convul­são social, de resultados imprevisíveis, não podemos nos transformar em uma republiqueta de bananas.

A paz, o amor e o compartilhamento são os antídotos para aniquilar essa erva daninha!

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