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19 de março de 2024 | 7:01
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O que vale agora?

Hoje, no mundo, fala-se em reabertura das atividades após o aparecimento da pandemia (pode ser só a primeira onda da doença) e, como a vida deve continuar, surgem as mais diversas ideias de como se deva proceder: por aqui não se tem unanimidade entre os que dominam as várias áreas do conhecimento científico, dirá entre as nossas autoridades da administração pública – isto é, entre os meros políticos de plantão.

As divergências também existem entre os empresários, empreendedores em geral, verdadeiros batalhadores pela sobrevivência de cada dia, práticos do cotidiano, que jamais se prepararam para a saída de uma tragédia mundial. Cada qual opina a seu modo, conforme o que imagina ser melhor para salvar o seu negócio (que vem “de pai pra filho”, adquiri­do outro dia às vésperas da pandemia, após um investimento planejado num outro contexto ou coisa parecida). Assim se explica a “onda” do fecha e abre que pode ser mais longa do que o desejado e necessário. É a insegurança, crise de quem dirige, assume os riscos, tem responsabilidades…

Não há instrumentos legais específicos para regular essa reabertura e disciplinar as práticas trabalhistas para este momento. As leis existentes são as mesmas editadas para os tempos antigos, aqueles normais anteriores à pandemia.

É preciso, agora, pensar vivendo tempos de exceção, em que se procura fundamentar a economia nas razões da sobrevivência (menos nas do lucro, da riqueza – as diferenças sociais serão combatidas).

Nem tudo que não era praticado, que se considerava in­conveniente, continuará inadequado para o momento. Cada caso é um caso, devendo se sujeitar às indicações mais pru­dentes, sensatas e justificáveis. Os limites sempre estarão na observância da ética, da moral e do mínimo legal que possa subsistir por algum tempo, pelo menos.

As regras jurídicas podem ser ajustadas, sofrer modifi­cações. Isso enseja a recomendação para que habitualmente todos pautem pelo equilíbrio, isto é, também dentro da lógica e do bom senso. É como devemos nos conduzir. É puro aprendizado para bem viver.

Esse momento não é para sempre, novos dias virão com menos dificuldades, menor sofrimento para todos. E, aí, nos readaptaremos novamente a outra realidade, que conquista­remos. Assim será nas empresas, no trabalho, em família, na vida em sociedade.

As novas exigências entre patrões e empregados e até as recontratações (dos que foram dispensados para reduzir encargos enquanto as empresas estiveram fechadas) devem atender essas noções. São as mesmas para as negociações coletivas (sindicais) além de outros princípios essenciais (hoje e sempre): dever de negociar, pretensões razoáveis (sem exa­geros), admitir o contraditório (ninguém é dono da verdade), agir com colaboração, buscar a igualdade, dar transparência (!!!), ter boa fé e objetivara paz social (evitar conflitos).

Não é difícil respeitar esses princípios, basta não ser egoísta e perseguir a solidariedade. Esse aprendizado também se destina aos governantes – até para os populistas, radicais, acuados, esquecidos dos compromissos eleitorais, que lutam pela sobrevivência. “Vai passar!!!”

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