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19 de abril de 2024 | 2:43
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ADRIANO MACHADO/REUTERS
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Óleo reaparece em mais nove praias de 5 estados

Na segunda-feira, 28 de outubro, nove praias da região Nordeste voltaram a receber óleo cru. Equipes mobiliza­das pela Marinha, em parce­ria com Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Agência Nacional de Petró­leo (ANP) foram mobilizadas para limpar os locais.

As nove praias estão loca­lizadas em cinco Estados da região. São elas: Via Costeira e Búzios (RN), Conceição e Itapuama (PE), Japaratinga e Piaçabuçu (AL), Abaís (SE), Morro de São Paulo e Moreré (BA). Nesta terça-feira (29), a Marinha identificou 19 pontos de presença de óleo.

O ministro da Defesa, Fer­nando Azevedo e Silva, admitiu que, no momento, é impossível prever se o derramamento está no começo, meio ou fim. “A duração do tempo, nós não sa­bemos ainda. Estamos aperfei­çoando os processos. Estamos atuando desde o dia 2 de setem­bro”, declarou.

“Nosso objetivo é a conten­ção de danos, o monitoramento pelo ar e pelo mar. Todas estão sendo limpas imediatamente quando constatadas todas as manchas de óleo.” O Grupo de Avaliação e Acompanhamento (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacio­nal de Petróleo (ANP) e Ibama, informou que, apesar do avan­ço das manchas pela região sul da Bahia, até o momento, não foram localizados indícios de óleo na área da reserva am­biental de Abrolhos (BA).

Um navio está na região e, segundo o governo, reali­za constante monitoramento, por causa da importância am­biental e científica da região. Segundo Fernando Azevedo e Silva, a Defesa dispõe de 2.700 pessoas da Marinha e cinco mil do Exército, que podem ser empregados anteontem, 1.446 militares estavam em campo na região Nordeste.

O ministro negou que o go­verno tenha demorado a acionar o Plano Nacional de Contingên­cia contra o derramamento de petróleo no mar. “Eu achei que o governo agiu rápido, nós esta­mos é aprimorando os proces­sos”, disse. A Marinha voltou a informar que, hoje, investiga 30 navios de onze países como pos­sível origem da tragédia ambien­tal que castiga a região Nordeste. O trabalho começou com 1.500 navios. Esse número caiu para 140 navios e, atualmente, estão em 30 embarcações.

O vazamento de óleo que tem sido retirado do litoral do Nordeste é a maior agressão am­biental já sofrida pelo Brasil em sua história, disse o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. “[O vazamento] é a maior agressão ambiental sofri­da por nosso país, creio eu, em nossa história”, disse. Afirmou que o assunto tem sido aborda­do de forma “politizada e ideolo­gizada”, com “versões falsas” so­bre o que poderia ter sido feito.

Laboratórios da França e da Noruega vão receber amos­tras do petróleo que vazou no Nordeste para que sejam iden­tificadas suas características e origens. O trabalho está sendo coordenado pelo Instituto Bra­sileiro de Petróleo, Gás e Bio­combustíveis (IBP), represen­tante de grandes petroleiras.

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