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28 de março de 2024 | 11:56
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Oxford: vacina tem eficácia de até 90%

O laboratório britânico As­traZeneca informou que a sua vacina contra a covid-19, que está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, teve eficácia combina­da em média de 70% em testes clínicos realizados no Brasil e no Reino Unido. Segundo a empre­sa, em algumas simulações, o imunizante mostrou 90% de efi­cácia. A eficácia variou de 62% a 90%, dependendo da dosagem administrada, disseram Astra­Zeneca e Oxford.

A AstraZeneca disse que não houve casos graves de se­gurança relacionados à vacina e que ela foi “bem tolerada” em diferentes regimes de dosagem. De acordo com as informações da farmacêutica, não foram rela­tadas hospitalizações em quem recebeu a vacina. Os testes clí­nicos de estágio final da vacina continuam nos Estados Unidos, Japão, Rússia, África do Sul, Qu­ênia e América Latina.

A farmacêutica anunciou que vai buscar autorização de uso emergencial do imunizante junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) para distribuir a vacina em países de baixa renda e preparar submissões regulató­rias para autoridades em países que têm programas de aprova­ção antecipada.

“A empresa está progredin­do rapidamente na fabricação com uma capacidade de até três bilhões de doses da vacina em 2021 em uma base contínua, enquanto aguarda a aprovação regulamentar”, afirma a Astra­Zeneca. No Brasil, o imunizante AstraZeneca/Oxford é a princi­pal aposta do governo Jair Bol­sonaro, entre as várias candida­tas em desenvolvimento.

Os cientistas alertaram que o fato de que o imunizante da AstraZeneca ter eficácia mé­dia de 70% não deve ser visto como indicação de que ela é menos útil do que as vacinas da Pfizer e da Moderna, que evita­ram 95% dos casos, de acordo com dados preliminares dos testes em estágio avançado.

“Acho que é uma verdadei­ra tolice começar a tentar sepa­rar essas três (Pfizer/Moderna/ Astra) com base em trechos de comunicados à imprensa sobre dados da Fase 3 (dos testes clí­nicos)”, disse Danny Altmann, professor de imunologia do Im­perial College de Londres.

“Para o cenário mais am­plo, minha suspeita é que, no momento em que estivermos. O Brasil tem um acordo com a farmacêutica e com a universi­dade que garante acesso a 100 milhões de doses. A expecta­tiva do governo federal é de que a produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) co­mece em 2021.

A Fiocruz aumentou a ex­pectativa de vacinação dos brasi­leiros contra o coronavírus após o anúncio de eficácia divulgado pela AstraZeneca e a Univer­sidade de Oxford. Segundo a instituição, a previsão é vacinar 65 milhões de brasileiros no pri­meiro semestre do ano que vem e outros 65 milhões no segundo semestre de 2021.

A expectativa da Fiocruz é começar a vacinação entre o fim de fevereiro e o início de março. O aumento de 30% no alcance da vacina ocorre porque a estra­tégia que se mostrou mais eficaz é a de usar meia dose – e não uma dose inteira – na primeira etapa. A vacina de Oxford foi administrada de duas formas diferentes: na primeira delas, os voluntários receberam metade de uma dose e, um mês depois, uma dose completa.

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