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16 de abril de 2024 | 18:08
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Pais e professores unidos por uma educação melhor

Não é segredo para ninguém a existência de uma crise muito séria na área educacional em nosso país. O quadro é triste: de um lado, professores desmotivados, desanimados; de outro, alunos agressivos e indisciplinados, sendo praticamente rotineiros os casos de violências nas salas de aula. Como resultado disto, a constatação: os estudantes recebem, sem maiores esforços, os certificados de formatura, mas, no entanto, apresentam uma avaliação ridícula de aproveitamento escolar.

Esta situação – daí sua gravidade – é regra geral em todos os níveis de ensino, desde o fundamental até o universitário. As consequências são gravíssimas para o desenvolvimento econômico e social do nosso país que, infelizmente, não investe o necessário na educação dos brasileiros, ao contrário de países como a Coreia do Sul, a China e outros mais cuja expansão tecnológica resultou da priorização a esse setor fundamental.

Vários fatores, além do mais, colocam a educação brasileira nesse padrão vexatório. É urgente, portanto, uma reação na busca de mudar esse quadro e tornando o ensino uma ferramenta capaz de garantir o futuro das novas gerações e colocar o Brasil no quadro dos países com ótimo nível de desenvolvimento.

Algumas ações, acredito, podem e devem ser tomadas com urgência. Entre elas – conforme tenho frisado em artigos anteriores e também em pronunciamentos na Assembleia Legislativa (Alesp) – a valorização do professor, devolvendo-lhe a dignidade e a respeitabilidade exigidas por tão nobre função. É preciso, assim, uma política salarial capaz de despertar maior número de vocações e, ao mesmo tempo, reconhecer a importância dos atuais integrantes do magistério, seja ele público ou particular.

Com base em pesquisas chegadas ao meu conhecimento, outra constatação: as famílias – com as atribulações diárias dos pais e das mães – não estão cumprindo a parte que lhes cabe no acompanhamento da vida escolar dos seus filhos. Para muitos pais, a obrigação de educar é dos professores; para muitos professores, a obrigação maior é dos pais.

Na verdade nem há o que se discutir: a responsabilidade da educação deve ser, sempre, compartilhada por pais e professores. O ideal, mesmo, seria o fortalecimento da união da família com a escola e um bom caminho para isto é a realização, com maior frequência, de reuniões de pais e mestres. Nessas reuniões, mediante correta preparação dos assuntos a serem tratados e de um diálogo construtivo, poderia ocorrer a deseja integração família-escola com grande aproveitamento para os alunos.

O que não é possível e continuar do jeito como está: os pais, insatisfeitos, comentando e reclamando da escola; o mesmo fazendo os professores, igualmente insatisfeitos com os salários e as condições de trabalho enquanto os alunos – como grandes vítimas dessa falta de sintonia – continuam vivendo uma triste situação que leva o Brasil a uma situação humilhante perante as nações nas quais a educação é tratada com total respeito.

É preciso, insisto, reagir: o melhor instrumento para essa reação deve vir da união dos pais e professores – da família e da escola – na busca uma educação melhor!!!

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