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20 de abril de 2024 | 1:09
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Cultura

Pandemia afetou mais bibliotecas e museus

Bibliotecas, museus e bens tombados foram os equipamentos culturais me­nos conectados em 2020. Os principais motivos para as di­ficuldades de acesso à internet foram a falta de infraestrutura na região (15% no caso das bi­bliotecas e 11% no de museus e bens tombados) e os altos custos de conexão (citados por 14% dos administradores das bibliotecas, 10% dos museus e 9% dos bens tombados).

Os dados são da pesquisa TIC Cultura 2020, produzida pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.Br). O estudo foi feito en­tre fevereiro e agosto de 2020. O levantamento cobriu o perí­odo de início e agravamento da pandemia no país, analisando os efeitos da crise no uso de tecno­logias da informação e comuni­cação (TICs) nesse período.

As instituições com maior índice de acesso à internet foram cinemas (99%), arqui­vos (98%) e pontos de cultura (91%). A disponibilização de wi-fi ao público foi mais re­latada entre arquivos (51%) e bibliotecas (47%). A prática foi menos comum entre bens tom­bados (14%) e museus (37%).

A presença dessas organiza­ções culturais na internet se deu sobretudo por meio de platafor­mas digitais, como redes sociais a exemplo do Facebook, Insta­gram ou Twitter. Esse canal de comunicação foi identificado em cinemas (85%), pontos de cultura (82%) e arquivos (62%).

A presença nas plataformas digitais foi maior do que os ín­dices de manutenção de websi­tes. Entre os equipamentos que fazem uso de páginas na web, a maior frequência foi registra­da em cinemas (67%), arquivos (58%) e pontos de cultura (43%).

A principal atividade reali­zadas pelos equipamentos cul­turais por meio das TICs foi a oferta de serviços, informações e atendimento ao público (84% em arquivos, 79% em cinemas e 68% em teatros). A venda de produtos ou serviços foi rela­tada principalmente por cine­mas (58%), pontos de cultura (32%) e teatros (27%).

Durante os meses analisa­dos pela pesquisa, houve au­mento do uso de telefones e serviços de videoconferência pela internet. Nas atividades de governo eletrônico, equi­pes de instituições culturais passaram a usar mais as TICs para a busca de informações e para participar de editais de financiamento promovidos por instituições públicas.

A pesquisa destacou a cria­ção e difusão de acervos di­gitais como um desafio para os equipamentos culturais no país. A existência de acervos foi apontada por praticamente to­dos os cinemas, arquivos, bens tombados e museus. Desses, o destaque foi dos arquivos, en­tre os quais 51% disseram dis­ponibilizar acervos digitais ao público pela internet.

Nos pontos de cultura, o ín­dice foi de 42%. Entre as demais organizações analisadas, essa prática foi bem menos comum, como no caso de museus (25%), teatros e cinemas (17%), bens tombados (10%) e bibliotecas (6%). De acordo com os respon­sáveis pela pesquisa, o quadro apresentado mostra a impor­tância da conectividade para os equipamentos do setor.

“Os resultados da TIC Cultu­ra 2020 apontam a necessidade de investimentos em infraestru­tura tecnológica e conectividade nas instituições culturais”. Os gestores das instituições anali­sadas relataram a dificuldade de obtenção de recursos para o investimento em TICs e a baixa capacitação dos funcionários no uso dessas tecnologias.

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