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29 de março de 2024 | 10:25
Jornal Tribuna Ribeirão
REUTERS / Remo Casilli
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Papa abre exceção e dá bênção especial

O papa Francisco conce­deu nesta sexta-feira, 27 de março, a bênção extraordi­nária de “Urbi et Orbi”, o que normalmente acontece ape­nas no Natal e na Páscoa. Ele fez o anúncio de que faria a benção, esta semana, em sua oração semanal do Angelus, que vem conduzindo de den­tro do Vaticano pela internet e pela televisão, em vez de fa­zê-la diante das multidões na Praça de São Pedro.

Sua decisão de abrir uma exceção e dar uma bênção es­pecial “Urbi et Orbi” (para a cidade e o mundo) reforça a gravidade da situação global, principalmente na Itália, um dos países mais atingidos pelo surto do novo coronavírus. A bênção extraordinária foi feita diante de uma Praça de São Pe­dro vazia.

O local, parte do Vaticano, foi fechado como parte de um bloqueio na Itália para tentar conter a propagação do vírus. Os católicos que recebem a bênção, pessoalmente ou por meio das mídias, podem, sob certas condições, receber uma indulgência especial. Uma in­dulgência é a remissão da pu­nição pelos pecados.

Bolsonaro não vai pro céu – O juiz federal Márcio Santo­ro da Rocha suspendeu trecho do decreto do presidente Jair Bolsonaro que permitiu que igrejas e casas lotéricas fiquem abertas durante a situação de emergência em decorrência do coronavírus. O magistra­do da 1ª Vara de Duque de Caxias ainda determinou que o governo federal se abstenha de adotar medidas sem seguir recomendações técnicas da lei federal de março deste ano que dispõe sobre o enfrentamento ao coronavírus.

A decisão acolhe ação civil pública movida pelo Ministé­rio Público Federal. Para o juiz, “considerar como essenciais atividades religiosas, lotéricas é ferir de morte a coerência que se espera do sistema jurídico, abrindo as portas da República à exceção casuística e arbitrá­ria, incompatível com a ideia de democracia e Estado sub­metido ao império do Direito”.

Segundo a Procuradoria, ao incluir como essenciais atividades religiosas ou casas lotéricas, sem demonstrar a essencialidade prevista em lei, nem apresentar justificativas que permitam uma compre­ensão do ato normativo em consonância com as recomen­dações dos órgãos de saúde, o decreto acabou por assumir para si a enumeração dos ser­viços e atividades que seriam assim considerados, como se houvesse uma discricionarie­dade ilimitada para tanto.

Antes mesmo da liminar, Arquidiocese de Ribeirão Preto anunciou que, apesar da autorização de Bolsonaro, manteria suspensas as missas presenciais, ou seja, aquelas com a presença de devotos nas paróquias. As celebrações con­tinuam a ser realizadas pelo padre com transmissão ao vivo pelas mídias sociais.

O arcebispo metropolita­no, dom Moacir Silva, baixou decreto determinando a sus­pensão de todas as missas pre­senciais nas paróquias da área da Arquidiocese de Ribeirão Preto por causa da ameaça do novo coronavírus (covid-19). Até as celebrações da Semana Santa foram alteradas e o re­presentante da Igreja Católica defende a transmissão dos ri­tos pelas mídias sociais.

Está suspensa a celebração pública de missas feriais e domi­nicais. Os fiéis estão dispensados e os padres deverão promover as celebrações com transmissão ao vivo pelas mídias sociais favore­cendo a comunhão espiritual. A mesma suspensão aplica-se a todas as outras celebrações públicas dos sacramentos. Está suspensa a iniciativa “24 horas para o Senhor”.

A Arquidiocese de Ribeirão Preto abrange Altinópolis, Ba­tatais, Brodowski, Cajuru, Cás­sia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinó­polis, Luís Antônio, Pontal, Santa Cruz da Esperança, San­ta Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antô­nio da Alegria, São Simão, Ser­ra Azul, Serrana e Sertãozinho. O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) também disse na quinta-feira (26) que líderes religiosos do município já se comprometeram a não realizar encontros, cultos e missas em igrejas e templos para evitar aglomerações de pessoas.

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