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28 de março de 2024 | 10:32
Jornal Tribuna Ribeirão
Foto: REUTERS/Adriano Machado
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Política

Pesquisa mostra que 51% desaprovam Bolsonaro

Mais da metade dos brasilei­ros (51%) julga que o presiden­te Jair Bolsonaro (sem partido) mais tem atrapalhado do que ajudado durante a crise do co­ronavírus. É o que revela a pes­quisa Datafolha publicada nesta sexta-feira, 3 de abril, que entre­vistou 1.511 pessoas, por telefone, entre quarta-feira (1º) e abril e on­tem. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais. Também avaliou a gestão dos governadores brasileiros.

Os que aprovam as gestões dos chefes dos Executivos es­taduais são 58% ante 55% na pesquisa anterior, feita entre 18 e 20 de março. Os que repro­vam as gestões dos governado­res são os mesmos 16% da pes­quisa anterior e os que avaliam o trabalho de seus governado­res como regular são 23% ago­ra ante 28% na última rodada. As gestões estaduais mais bem avaliadas são as do Nordeste (64% de aprovação), do Nor­te e do Centro-Oeste (61% de aprovação nas duas regiões).

De acordo com o Data­folha, 57% dos entrevistados consideram que a campanha do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) para que as pessoas fiquem em casa é cor­reta, enquanto 32% entendem as orientações do governador como erradas. Onze por cento não sabem. A campanha do tucano é mais aprovada en­tre os moradores do Nordeste (65%), entre jovens dos 16 aos 24 anos de idade (66%) e en­tre os mais ricos e instruídos (64%). As gestões municipais foram avaliadas como ótimas ou boas por 50%, enquanto 25% consideraram regulares e 22% ruins ou péssimas.

A pesquisa mostra que a aprovação dos brasileiros ao Ministério da Saúde, liderado por Luiz Henrique Mandetta, subiu 21 pontos percentuais, de 55% na pesquisa anterior, feita entre 18 e 20 março, para 76%, cujas entrevistas aconteceram por telefone entre 1º e 3 de abril. Também cresceu a reprovação à maneira como o presidente Jair Bolsonaro tem agido na crise causada pelo coronavírus. Na pesquisa anterior, 33% reprova­vam o trabalho do presidente na crise, parcela que agora é de 39% dos entrevistados, variação no limite da margem de erro.

A aprovação de Bolsonaro variou de 35% para 33%, e a ava­liação de que o presidente é “re­gular” foi de 26% para 25%, am­bas dentro da margem de erro, indicando estabilidade. O presi­dente e o ministro têm se anta­gonizado em relação às medidas de isolamento social aplicadas por governadores e prefeitos. Na quinta-feira, dia 2, em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse que “falta humildade” ao ministro da Saúde.

Pesquisa XP
A edição extra da “Pesquisa XP com a População”, realizada pela instituição em parceria com o instituto Ipespe, mostra que a reprovação ao governo do pre­sidente Jair Bolsonaro atingiu 42% em abril, depois de alcançar 36% em março. É o maior nível de avaliações ruins ou péssimas desde o início do mandato, mas ainda estável no limite da mar­gem de erro da pesquisa, de 3,2 pontos percentuais.

A proporção da popula­ção que avalia o governo como “ótimo ou bom” caiu de 30% para 28% no período, também estável dentro da margem. No­minalmente, é a primeira vez que a taxa fica abaixo do nível dos 30%. A pesquisa incluiu um questionário especial sobre a pandemia do coronavírus no País. A atuação de Bolsonaro no combate ao vírus foi consi­derada “ruim ou péssima” por 44% da população, enquanto 29% enxergaram o desempenho do presidente como “ótimo ou bom” e 21%, como “regular”.

Ele tem a avaliação mais negativa entre todos os ato­res pesquisados. A aprovação da atuação do presidente está empatada na margem de erro com a do Congresso (30%), da população (34%), e do Supre­mo Tribunal Federal (29%), mas bem abaixo da do minis­tro da Saúde, Henrique Man­detta (68%), dos governadores (59%), do ministro da Econo­mia, Paulo Guedes (37%) e dos profissionais da saúde (87%).

A pesquisa também captou deterioração nas expectativas para o restante do mandato de Bolsonaro. A proporção da po­pulação que espera que o gover­no dele seja “ruim ou péssimo” avançou de 33% para 37%, en­quanto a avaliação “ótima ou boa” recuou de 38% para 34%. Foram entrevistadas mil pesso­as, por telefone, entre os dias 30 de março e primeiro de abril. A amostragem leva em conta sexo, região, idade, tipo de cidade, re­ligião, porte do município, ocu­pação, nível educacional e renda.

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