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29 de março de 2024 | 1:45
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Economia

Petrobras eleva o preço da gasolina

A Petrobras anunciou que vai aumentar o preço da gasolina em 6% em suas refinarias a partir desta sexta-feira, 21 de agosto, a segunda alta do combustível no mês, acompanhando a melhora do preço do petróleo no merca­do internacional. O diesel será elevado em 5% e o diesel maríti­mo (bunker), em 5,2%.

Apesar de mostrar ligeiro re­cuo nas negociações nesta quin­ta-feira (20) para os contratos de outubro, por perspectivas de uma demanda menor do que a esperada, a commodity vinha com preços ascendentes nas últimas semanas e ultrapassou os US$ 45 o barril para o tipo Brent. No auge da crise, em abril, chegou a cair abaixo de US$ 20/barril.

Mesmo com os aumentos anunciados, os preços da ga­solina e do diesel ainda man­têm quedas no acumulado do ano, informa a estatal. Ao todo, a gasolina já sofreu 25 reajustes em 2020 e o diesel, 19. Depois do aumento de 6% que começa a valer hoje, a ga­solina acumula queda de 5% no preço das refinarias.

Já o diesel, cujo aumento será de 5%, registra ainda queda de 15,9%. Dos 25 reajustes pratica­dos na gasolina, doze foram au­mentos e 13 reduções. Entre os 19 reajustes do diesel, houve oito aumentos e onze quedas. No dia 13, a gasolina ficou 4% mais cara nas refinarias da Petrobras e o diesel subiu 2%.

A Petrobras tem seguido a grande volatilidade do preço do petróleo no mercado inter­nacional, que sofre o impacto da pandemia de covid-19 na demanda pela commodity. O preço do barril chegou a cus­tar menos de US$ 20 em abril, auge da crise do setor, mas vem se recuperando e hoje operava em torno dos US$ 45/barril.

Etanol
O preço do etanol combus­tível recuou nas unidades pro­dutoras do estado pela segunda semana seguida. Segundo da­dos divulgados na sexta-feira, 14 de agosto, pelo Centro de Estudos Avançados em Eco­nomia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universida­de de São Paulo (Esalq/USP), o hidratado nas usinas paulistas segue abaixo de R$ 1,70.

O litro do produto, que qua­se chegou a R$ 2,15 no final de fevereiro e passou a maior parte de março, abril e maio na casa de R$ 1,30, agora caiu de R$ 1,6735 para R$ 1,6613, queda de 0,73%, e já acumula 1,82% de retração em 15 dias. Até 31 de julho, o álcool combustível acumulava alta de 5,69% em quatro semanas. Na quinzena anterior, havia recuado 5,25% – depois de correção acumula­da de 25,84% entre o início de maio e meados de junho.

O preço do anidro – adicio­nado à gasolina em até 27% – subiu 0,07% e continua acima de R$ 1,90. Em seis semanas, acumula alta de 4,54%, depois de queda de 2,69% em 15 dias – a correção acumulada era de 21,42% nas oito semanas ante­riores a 26 de junho. Na sexta­-feira, saltou de R$ 1,9091 para R$ 1,9104.

De acordo com o levanta­mento semanal da Agência Na­cional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), rea­lizado em 108 cidades paulistas entre 9 e 15 de agosto, todos os combustíveis estão mais caros em Ribeirão Preto. O litro da gasolina custava R$ 3,962 na se­mana anterior (até dia 8) e agora passou de R$ 4, chegando a R$ 4.081, alta de 3%.

O etanol era vendido por R$ 2,506 agora está em R$ 2,564, aumento de 2,31%. O óleo diesel subiu pouco, de R$ 3,333 para R$ 3,335, correção de 0,06%. O diesel S10, que antes custava R$ 3,442, agora sai por R$ 3,491, elevação de 1,42%.

Considerando os atuais va­lores médios da agência, de R$ 2,564 para o litro do etanol e de R$ 4,081 para o da gasolina, ainda é mais vantajoso abaste­cer com o derivado de cana-de­-açúcar, já que a paridade está em 62,8% – deixa de ser van­tagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.

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