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20 de abril de 2024 | 7:56
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Economia

Prévia da inflação oficial é de 0,02%

O Índice Nacional de Pre­ços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,02% em março deste ano, o menor resultado para o mês des­de o início do Plano Real (1994). Segundo dados divulgados nes­ta quarta-feira (25) pelo Institu­to Brasileiro de Geografia e Es­tatística (IBGE), a taxa é inferior ao 0,54% observado no mesmo período de 2019 e também ao 0,22% de fevereiro deste ano.

Com o resultado da prévia de março, o IPCA-15 acumu­la taxas de 0,95% no ano e de 3,67% em doze meses – era de 4,21% no período anterior e está dentro da meta de 4% perseguida pelo Banco Central este ano. Fechou o ano passa­do em 4,31%, acima do teto de 4,25%. Quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesqui­sados registraram deflação em março, segundo o IBGE. As quedas ocorreram em habitação (-0,28%), artigos de residência (-0,05%), vestuário (-0,22%) e transportes (-0,80%).

Por outro lado, houve au­mentos em alimentação e bebi­das (0,35%), saúde e cuidados pessoais (0,84%), educação (0,61%), comunicação (0,33%) e despesas pessoais (0,03%). O gasto das famílias com trans­portes recuou 0,80% em março, após uma alta de 0,20% em feve­reiro. O grupo deu a maior con­tribuição negativa para a taxa de 0,02% do IPCA-15, o equivalen­te a -0,17 ponto percentual.

O destaque foi a redução de 16,88% nos custos das pas­sagens aéreas, o terceiro mês consecutivo de queda de pre­ços. Em janeiro, as tarifas aéreas já tinham recuado 6,45%, se­guido de nova queda de 6,68% em fevereiro. Os combustíveis recuaram 1,19% no mês de março. Houve queda de 1,18% na gasolina e redução de 1,06% no etanol. O óleo diesel ficou 1,95% mais barato, enquanto o gás veicular diminuiu 0,89%.

Os gastos das famílias bra­sileiras com habitação diminuí­ram 0,28% em março e o grupo deu uma contribuição negativa de 0,04 ponto para a inflação do mês. A queda foi puxada pela energia elétrica, que recuou 1,30%. Em março, permanece em vigor a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.

As famílias voltaram a gas­tar mais com alimentação e bebidas em março. O grupo passou de uma queda de 0,10% em fevereiro para um avan­ço de 0,35% neste mês, uma contribuição de 0,07 ponto no IPCA-15. O custo da refeição no domicílio saiu de queda de 0,32% em fevereiro para avan­ço de 0,49% em março.

As famílias pagaram mais este mês pela cenoura (23,92%), ovo de galinha (5,10%), toma­te (4,93%) e leite longa vida (1,37%). Na direção oposta, as carnes ficaram 1,81% mais ba­ratas, mas a queda foi menos intensa do que a de fevereiro (-5,04%). A alimentação fora do domicílio subiu 0,03% em mar­ço. O preço do lanche fora de casa teve alta de 0,39%, enquan­to a refeição recuou 0,08%.

Os gastos das famílias com saúde e cuidados pessoais su­biram 0,84%, grupo de maior pressão sobre a inflação, com contribuição de 0,11 ponto per­centual para a o IPCA-15 deste mês. Os itens de higiene pessoal ficaram 2,36% mais caros, uma contribuição de 0,09 ponto. Os perfumes aumentaram 5,10%, enquanto os produtos para pele subiram 4,37%. O plano de saú­de aumentou 0,60%, com im­pacto de 0,02 ponto percentual.

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