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18 de abril de 2024 | 20:14
Jornal Tribuna Ribeirão
MARCELLO CASAL JR./AG.BR.
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Economia

Projeção para o IPCA sobe a 7,90%

O Ministério da Economia revisou para cima sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE) em 2021. De acordo com a nova grade de parâmetros macroe­conômicos da pasta, a estima­tiva para a alta de preços nes­te ano passou de 5,90% para 7,90%. Para 2022, a projeção passou de 3,50% para 3,75%.

De acordo com a SPE, a partir de 2023, a projeção con­verge para a meta: 3,25% em 2023 e 3,0% de 2024 em diante. No último relatório Focus, os analistas de mercado consul­tados pelo Banco Central esti­maram que o IPCA deve acu­mular alta de 8,00% em 2021 e de 4,03% em 2022.

Todas as projeções para a inflação em 2021 estão bem acima do centro da meta des­te ano, de 3,75%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo (índice de 2,25% a 5,25%). No caso de 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00% a 5,00%).

A inflação medida pelo in­dexador oficial de preços no Brasil fechou agosto com alta de 0,87%, a maior para o mês desde o ano 2000, quando subiu 1,31%. Com isso, o indicador acumula aumentos de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos doze meses, o maior acumulado des­de fevereiro de 2016, quando o índice alcançou 10,36%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, indexa­dor oficial da inflação no Brasil, fechou o ano passado com avan­ço de 4,52%, também o maior desde 2016. O resultado ficou acima do centro da meta per­seguida pelo BC, de 4,0%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

O Ministério da Economia também atualizou a projeção para o Índice Nacional de Pre­ços ao Consumidor (INPC) utilizado para a correção do sa­lário mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros ma­croeconômicos da pasta, a esti­mativa para a alta do indicador neste ano passou de 6,20% para 8,40%. Para 2022, a projeção passou de 3,42% para 3,80%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor teve elevação de 0,88% em agosto, após um avan­ço de 1,02% em julho, segundo o IBGE. Com o resultado, o índice acumula elevação de 5,94% no ano. A taxa em doze meses está em 10,42%. Em agosto de 2020, o INPC tinha sido de 0,36%. O indexador mede a variação dos preços para as famílias com ren­da de um a cinco salários míni­mos (de R$ 1.100 a R$ 5,.500) e chefiadas por assalariados.

Apesar de o mercado estar reduzindo suas projeções para a evolução da atividade neste e no próximo ano, o Ministério da Economia manteve sua es­timativa para a recuperação da economia em 2021, e segue es­perando uma alta de 5,30% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

De acordo com a SPE, ape­sar do recuo de 0,1% do PIB no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano, o crescimento interanual de 12,4% indicaria recuperação em relação ao vale da crise de 2020. “O destaque do PIB pelo lado da oferta foi o desempenho dos serviços, com alta de 0,7% ante o trimestre anterior, com ajuste sazonal”, acrescenta a Economia.

Para 2022, a estimativa de alta no PIB passou de 2,51% para 2,50%. O ministério man­teve ainda as projeções de cres­cimento da economia de 2023, 2024 e 2025 – todas em 2,50%. “Esperam-se efeitos positivos das reformas pró-mercado e do processo de consolidação fiscal”, completa a SPE. No último rela­tório Focus, os analistas de mer­cado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de 5,04% para o PIB de 2021.

Para 2022, a estimativa no Focus é de crescimento de 1,72%, mas diversos analistas já passaram a projetar uma expan­são de menos de 1,0% no pró­ximo ano após o presidente do Banco Central, Roberto Cam­pos Neto, ter dito nesta semana que a instituição aumentará os juros até onde for necessário para conter a inflação.

O secretário de Política Eco­nômica, Adolfo Sachsida, reafir­mou que a vacinação em massa é a melhor política econômica para o país e fez um apelo para que a população complete o calendário vacinal contra co­vid-19. “A população brasileira está sendo vacinada numa ve­locidade que nos dá segurança para estimar o crescimento do PIB, que a economia vai conti­nuar com a sua retomada”, disse.

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