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18 de abril de 2024 | 7:24
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Economia

Queda da inflação e redução da Selic

O presidente do Banco Cen­tral, Ilan Goldfajn, disse nesta quarta-feira (10) que 2017 foi um ano com performance ma­croeconômica muito boa, com queda forte na inflação, que encerrou o ano em 2,95%. “Essa queda substancial na inflação levou a uma queda consisten­te na taxa de juros. Isso, com­binado com outros fatores, propiciou a retomada da eco­nomia através do aumento do poder de compra e do consu­mo. Com isso a economia re­encontrou seu rumo após dois anos de recessão”, avaliou.

Goldfajn reforçou que a in­flação do ano passado foi uma das mais baixas da história, enquanto os juros caíram para o seu menor patamar históri­co. “Esperamos que a retoma­da da economia continue este ano”, completou. O presidente do BC justificou o fato da in­flação ficar abaixo do piso da meta, de 3,0%, devido a um item fora do controle da autoridade monetária, que foi a deflação dos alimentos. “A deflação de alimentos é uma boa notícia para a população. O segmento de alimentos representa qua­se tudo do desvio em relação à meta de 2017”, afirmou.

Goldfajn enfatizou que a inflação de 2017 ficou abaixo do piso da meta porque no ano passado houve a maior deflação de alimentos da história do País. O Índice Nacional de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) en­cerrou 2017 em 2,95%, abaixo do piso de 3,0% da meta de inflação. “O Banco Central tem que deixar os preços de alimentos caírem, e não pode inflacionar os ou­tros preços da economia para chegar na meta”, avaliou.

Segundo Goldfajn, a infla­ção já está subindo de volta, em direção ao centro da meta de inflação, de 4,5%. Ele citou as projeções de mercado que apontam para um IPCA acima de 4,0% neste ano. “Ao longo de 2018 vamos subindo gradati­vamente, à medida que a eco­nomia segue se recuperando, e vamos acabar o ano próximos da meta de 4,5%”, acrescen­tou. O presidente do BC enviou carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com as justificativas do Banco Central para o fato de a infla­ção oficial de 2017 ter ficado abaixo da meta.

Pelas regras do regime de metas, sempre que a inflação fugir do intervalo estabeleci­do, o presidente do BC preci­sa enviar uma carta aberta ao ministro da Fazenda – que é, tecnicamente, o presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), responsável pelo estabe­lecimento das metas. No pas­sado, o descumprimento havia ocorrido nos anos de 2001, 2002, 2003 e 2015. Em todos estes casos a inflação havia ficado acima do teto do inter­valo da meta. Em 2017, porém, o problema foi uma inflação muito baixa, inferior ao piso.

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