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29 de março de 2024 | 11:08
Jornal Tribuna Ribeirão
Foto Alfredo Risk - filas e demora no atendimento em todas as unidades de saúde
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Região de RP registra aumento alarmante de pacientes com sintomas gripais

Em Ribeirão secretaria da Saúde confirma crescimento de 56% no número de atendimentos; na região as cidades ampliaram a estrutura para dar conta da demanda

Adriana Dorazi – Especial para o Tribuna

Não é apenas a população de Ribeirão Preto que está enfrentando filas e demora no atendimento nas unidades públicas de saúde. Nesta terça-feira, 4 de janeiro, outras cidades da região metropolitana também confirmaram aumento significativo no número de pacientes que procuraram atendimento médico, quase todos com sintomas gripais como febre, tosse, dor de garganta e no corpo.

Em Ribeirão Preto a Secretaria Municipal da Saúde confirmou que o aumento foi de 56% no número de atendimentos em comparação com as últimas duas semanas. Em outros municípios os horários e quadro de profissionais precisaram ser ampliados.

Covid x Influenza – Conforme o site do Tribuna noticiou na segunda-feira (3), Sertãozinho chegou a destinar a Unidade Básica de Saúde Alvorada especificamente para esses casos, mesmo assim novos vídeos foram publicados nas redes sociais informando que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, assim como a própria UBS, continuariam superlotadas.

Em Araraquara a prefeitura atribuiu o aumento de casos à variante Ômicron e às festas e encontros tradicionais deste período do ano. “Por conta do aumento nos atendimentos diários de pessoas com sintomas gripais e assintomáticos que, consequentemente, ampliaram o tempo de espera por consultas médicas e testes, quatro postos de saúde do município estarão abertos em horário estendido, das 17 às 20 horas, para atendimento covid”, confirma a Secretaria da Saúde.

As duas UPAs da cidade também estão com atendimento e testagem 24 horas, incluindo pediatria. Em uma live pelas redes sociais o prefeito Edinho Silva, do PT, classificou a alta no número de contaminados como preocupante, mas até o momento sem risco de colapso.

“Saímos de 86 contaminados em 31 de dezembro, para 189 hoje (ontem). Existe uma curva crescente de contaminados e, portanto, estamos agindo rápido. Vamos aumentar a testagem para encontrar os positivados e fazer o bloqueio da contaminação”, enfatiza.

Aumento de casos em Serrana – Mesmo em Serrana, onde toda população foi imunizada contra a covid-19 em 2021 com a vacina Coronavac/Sinovac, do Instituto Butantan, em um projeto pioneiro de estudos aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), houve aumento de casos.

Leila Gusmão, secretária municipal de saúde, confirmou que a cidade registrou – a partir da segunda quinzena de dezembro – aumento de 80% nos atendimentos de síndrome gripal na UPA da cidade. “Os pacientes estão sendo testados para a detecção de Covid, visto que os sintomas do coronavírus e da influenza são parecidos. A UPA teve o quadro de médicos ampliado para quatro clínicos gerais e um pediatra por plantão”, explica.

Em Cravinhos, segundo a secretária Roberta Meneghetti, foram preparadas alas extras no serviço de pronto atendimento para não deixar os pacientes sem atendimento devido ao aumento na procura. “Continuamos com os casos de covid-19 controlados, uma vez que na última semana foram feitos 50 testes e somente um deu positivo. A Secretaria Municipal da Saúde continua a incentivar a vacinação, porque somente assim todos estarão mais protegidos”, destaca a nota enviada. Com a primeira dose de combate a covid-19 já foram vacinados no município 98,66% (30.115 doses), com a segunda dose já foram vacinados 90,24% (27.546 doses) e com a dose de reforço 16,63% (5.075 doses).

De acordo com o Centro de Atendimento ao Coronavírus de Jaboticabal foram registrados 589 atendimentos relacionados a sintomas gripais apenas nas últimas 24h mesmo que 81,44% da cidade tenha tomado pelo menos uma dose da vacina. Desde o início da pandemia a cidade teve 10.283 confirmados, sendo 131 em Córrego Rico e 21 em Lusitânia, com 255 óbitos.

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